Presidente do Santander Aposta em Blockchain e diz não Temer Fintechs

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Presidente do Santander, Ana Botín, durante conferência (Foto: World Economic Forum/Wikimedia)

Em meio a inúmeras inovações tecnológicas no setor financeiro, como Blockchain, Ana Patrícia Botín, presidente global do Grupo Santander, disse, durante um evento promovido pelo banco espanhol, em Londres, que a instituição não se incomoda com a concorrência entre as gigantes de tecnologias e fintechs, segundo publicação do Valor Econômico na semanada passada.

Botín disse que o plano é que o Santander seja cada vez mais global, e, por isso, não vê problemas na oferta desses serviços, mesmo que grandes empresas de tecnologia, como Amazon e Google, possam se renovar no segmento financeiro. No entanto, a executiva defende que a regulação deve ser igual para todos.

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A presidente ressaltou o que uma instituição bancária tem de melhor, que é a confiança, mas, para ela, os bancos devem passar por toda a transformação digital corrente.

“Sempre vai haver negócios bancários, os bancos têm uma função importante por serem regulados. No final, temos uma das coisas mais importantes que é a confiança”, afirmou Botín.

Ela também salientou o desejo do Santander ser uma das maiores instituições financeiras do mundo, dizendo que desde sempre os bancos são empresas de tecnologia de dados:

“Temos capacidade para estarmos entre as grandes plataformas financeiras globais. As pessoas têm falado muito de dados de tecnologia, mas os bancos são, desde sempre, empresas de tecnologia e de dados”.

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De acordo com Botín, o Santander, que já atua em dez países, tem políticas de investimento bem robusta em relação a novas tecnologias e tem feito parcerias com fintechs na busca dessas inovações.

A executiva também opinou sobre possíveis compartilhamentos de informações de usuários que as grandes empresas hoje têm angariado pela globalização digital, como no caso das bolsas de criptomoedas.

“Se eu tenho dados para oferecer melhores serviços e se as plataformas também têm é importante compartilhá-los para que possamos oferecer melhores serviços ao consumidor concomitantemente.”

Blockchain

A executiva também mencionou as inovações que o banco tem desenvolvido nos últimos anos.

“Somos a primeira entidade no mundo a lançar um sistema de pagamento internacional baseado no blockchain puro, o ‘One Pay’, que queremos oferecer futuramente ao mercado aberto”.

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Há 15 anos, o ‘One Pay’ era apenas um banco que funcionava via telefone. Hoje, a organização o está reestruturando para ser um banco 100% digital, separado dos sistemas tradicionais.

A presidente também ressaltou o lançamento do Openbank: após sucesso na Espanha o sistema será lançado na Argentina no ano que vem. Focado no público jovem, o projeto pode atender até 1 milhão de clientes com apenas 60 funcionários.

Em março deste ano a instituição também fez o primeiro uso prático de blockchain para votação de investidores em uma assembleia geral anual do banco, o que tornou o processo mais rápido, seguro e democrático para investidores, emissores, bancos agentes e bancos custodiantes.

No início de junho foi anunciado no ‘11º Fórum Internacional de TI Banrisul’ um novo sistema no qual a instituição também fará parte, o  Sistema Financeiro Digital (SFD), o qual vai permitir a transferência de recursos entre correntistas de todos os cinco bancos envolvidos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, SICOOB e Banrisul.

Plano digital

O banco Santander é uma das instituições que mais investem nas novas tecnologias.

Desde o início de 2014, o fundo já investiu globalmente em uma série de startups líderes em fintech: Socure (identidade digital), SigFig (gestão de patrimônio), Ripple, Digital Asset, Elliptic (blockchain), Kabbage (financiamento de empresas), Cyanogen. (ecossistemas móveis), MyCheck e iZettle (pagamentos).

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Na ocasião, os investimentos estratégicos em empresas de tecnologia financeira foram  estimados em US$ 200 milhões.

Santander no Brasil

Atualmente, o Brasil é o país financeiramente mais importante para o Grupo Santander. No primeiro trimestre deste ano, as agências brasileiras foram responsáveis por 27% no lucro, seguido por 18% da Espanha (matriz) e 13% do Reino Unido, de acordo com a Folha de São Paulo.

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