Ronaldinho Gaúcho promove nova criptomoeda no Instagram

Ex-jogador promoveu alguns esquemas acusados de fraudulentos
Imagem da matéria: Ronaldinho Gaúcho promove nova criptomoeda no Instagram

Ex-jogador Ronaldinho Gaúcho (Foto: Shuttertock)

O Ronaldinho Gaúcho voltou a promover um projeto de criptomoedas no seu Instagram nesta manhã de segunda-feira (7). Dessa vez ele publicou o logo do Atari Token (ATRI), acompanhado da legenda em inglês: “Atari Token $ATRI para a lua”.

Essa é a criptomoeda oficial do Atari, uma das maiores companhias de videogame do mundo que está por trás de grandes títulos como Pac-Man, Donkey Kong e Asteroids.

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Não há informação de que se trata de uma parceria paga. O Ronaldinho, no entanto, já tem fama no mercado por promover diversos projetos suspeitos de aplicar golpes em milhares de brasileiros. 

A AtariChain, uma subsidiária do companhia criada especialmente para desenvolver a criptomoeda, com frequência paga celebridades para divulgar seus produtos. No domingo (6), por exemplo, a empresa patrocinou o polêmico youtuber Logan Paul em uma luta de boxe contra o multicampeão Floyd Mayweather.

Atari Token

O ATRI é um token ERC-20 surgiu em outubro do ano passado junto com o Atari VCS, o primeiro console que a empresa lançou depois de 20 anos sem trazer novidades ao mercado. Os jogadores podem usar a criptomoeda diretamente no videogame para comprar produtos dentro dos jogos.

Após ser lançado a US$ 0,11 em outubro do ano passado, o ATRI atingiu um pico de US$ 0,79 no início de maio, segundo o CoinMarketCap. No entanto, o preço da moeda despencou desde então e agora é negociado a US$ 0,13, em alta de 12% nas últimas 24 horas.

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Histórico do Ronaldinho

Apesar de ser um dos jogadores mais populares do futebol brasileiro, Ronaldinho protagonizou nos últimos anos uma série de polêmicas envolvendo o setor das criptomoedas.

Ele foi o garoto-propaganda da corretora LBLV, acusada de aplicar golpes em milhares de brasileiros ao oferecer investimentos no mercado forex sem autorização da CVM. 

O jogador também já precisou dar explicações às autoridades sobre o seu envolvimento com a 18k Ronaldinho, também investigada pela prática de pirâmide. A empresa era sustentada através de marketing multinível e prometia rendimentos de 2% ao dia em arbitragem de criptomoedas.

Pouco depois de se tornar alvo de uma ação coletiva de R$ 300 milhões, o ex-jogador foi preso tentando entrar no Paraguai com um passaporte falsificado.

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Depois disso tudo, o Ronaldinho ainda promoveu a Airbit Club, um esquema de pirâmide liderado pelo brasileiro Gutemberg dos Santos, preso nos EUA por enganar milhares de investidores e coordenar uma rede internacional de lavagem de dinheiro.

O jogador até mesmo tentou criar a sua própria criptomoeda no passado, a Ronaldinho Soccer Coin (RSC), mas o projeto não foi adiante.