Ronaldinho Gaúcho virou réu novamente em um processo contra a 18K Ronaldinho, empresa suspeita de prática de pirâmide. Desta vez, o ex-jogador da Seleção foi arrolado em um ação coletiva movida pelo Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) de Goiás. Segundo o UOL, o valor da ação é de R$ 300 milhões.
Esta é a segunda vez em um curto espaço de tempo que o ex-jogador é arrolado em um processo judicial contra a 18K. No início do mês, Gaúcho também virou réu em uma ação de danos moral e material no valor de R$ 52,6 mil, aberta por uma pessoa do Paraná.
De acordo com a reportagem, o Ibedec afirmou ter identificado 150 vítimas que foram lesadas no Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Portugal e Itália.
Na ação, conforme o site, além do atleta, são citados os diretores e colaboradores da empresa Marcelo Lara Marcelino, Bruno Rodrigues Alcântara, Raphael Horácio Nunes de Oliveira e Athos Trajano da Silva.
Segundo o advogado do Ibedec, o número de vítimas pode chegar perto de mil por conta do processo ter se tornado público. “Acredito que o total de vítimas vá aumentar”, afirmou Fernando Henrique Barbosa, de acordo com o Valor Investe.
Ronaldinho: de testemunha a réu
Até então — antes desses dois processos, Ronaldinho Gaúcho só havia sido arrolado apenas na condição de testemunha no caso.
Isso porque, em outubro do ano passado, o Ministério Público de São Paulo havia recebido uma denúncia de prática de pirâmide. Foi a partir daí que a empresa passou a ser investigada por oferecer rendimentos de até 2% ao dia.
Na ocasião, a defesa do craque disse que ele teve sua imagem explorada indevidamente. Aliás, desde que o caso veio à tona, os advogados do ex-jogador sempre contestaram sua ligação com a 18K.
Naquele mesmo mês, o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ) pediu a presença de Ronaldinho Gaúcho na Câmara para participar das discussões sobre os indícios de pirâmide na 18k.
Ribeiro é autor do primeiro Projeto de Lei para regular os criptoativos no Brasil — PL 2.303/2015 — e tenta a aprovação de uma CPI das Criptomoedas.
Apostas de Ronaldinho
Ronaldinho Gaúcho é um dos atletas mais assediados no mundo dos esportes devido à sua trajetória de sucesso nos gramados e posterior manutenção da sua imagem. Só no Instagram, o esportista possui 51 milhões de seguidores.
Até mesmo o governo vê no Ronaldinho a eficácia em promover ações. Também no ano passado, ele virou embaixador do turismo no Brasil após ser nomeado pela autarquia especial do Ministério do Turismo, a Embratur.
Contudo, nem sempre seus contratos de publicidade deram certo, como esse da 18K, por exemplo. Outra empresa do setor de investimentos também já colocou o craque em maus lençóis.
Em julho do ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mandou suspender as atividades de Forex da LBLV, empresa que também tinha como garoto-propaganda o ex-jogador.
O órgão regulador emitiu um alerta após verificar que a LBLV estaria promovendo captação irregular de clientes para operações no mercado Forex, que é proibido no Brasil.
Mais recentemente, o ex-craque da Seleção virou garoto-propaganda da Frente Corretora de Câmbio, uma empresa que tem parceria com Ripple.
Em 2018, Ronaldinho ainda se aventurou ao tentar promover uma criptomoeda própria que não vingou. O projeto RSCoin (Ronaldinho Soccer Coin) previa várias ações, como a construção de estádios digitais e plataformas de apostas.
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