Resumo da semana cripto: Nem o Google consegue turbinar o preço do Bitcoin

Inflação acima do esperado nos EUA afastou os investidores, enquanto a Europa aprovou um pacote de supervisão rígida para as criptomoedas
Moeda de bitcoin com o logotipo do google

Shutterstock

Esta foi a quarta semana consecutiva de perdas ou de movimento lateral para o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), que voltaram a recuar após a divulgação de índices de inflação acima do esperado nos EUA.

O Bitcoin caiu 2% na semana passada e atualmente é negociado por US$ 19.126; Já o Ethereum recuou 3,5%, para um preço atual de US$ 1.282, de acordo com dados do CoinGecko.

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Na segunda-feira (10), a dificuldade de mineração do Bitcoin atingiu um novo recorde histórico após disparar 14% no dia – o maior pico desde maio. À medida que a dificuldade aumenta, os mineradores podem registrar lucros menores se o preço do Bitcoin permanecer inerte, já que mais poder de computação e eletricidade são necessários para minerar. No entanto, o aumento da dificuldade de mineração também indica uma rede forte e uma demanda crescente.

A oferta de Ethereum se tornou deflacionária no último fim de semana, o que significa que mais ETH está sendo queimado (removido de circulação) do que criado. Isso não é surpresa para os adeptos da rede Ethereum – era um fator anunciado como esperado após a Fusão da blockchain – mas mesmo essa notícia teve pouco efeito no preço esta semana.

Os chamados “Ethereum Killers” – blockchains de primeira camada com contratos inteligentes) também tiveram uma semana difícil, incluindo Cardano (ADA), que caiu 14%, para US$ 0,36, e Solana (SOL), que caiu 9%, para US$ 29,91.

A rede Solana também enfrentou problemas contínuos de estabilidade, embora o fundador Anatoly Yakovenko tenha dito que uma “correção de longo prazo” está chegando e que lidar com interrupções é a “prioridade número um” para a rede.

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O Uniswap (UNI) caiu 8% para US$ 6,13 e o Chainlink (LINK) também caiu 8% e atualmente é negociado a US$ 6,95. Ethereum Classic (ETC) e Near Protocol (NEAR) também caíram cerca de 16% esta semana.

Acresce a adoção de criptomoedas

Dois grandes players institucionais anunciaram movimentos para criptomoedas esta semana: Google Cloud e o banco BNY Mellon.

A divisão de serviços de nuvem do Google anunciou na terça-feira que usará a Coinbase para aceitar pagamentos de criptomoedas no início do próximo ano. Clientes poderão pagar em criptomoedas por meio da integração com o Coinbase Commerce, uma ferramenta de pagamentos para empresas. Como parte do acordo, espera-se que a Coinbase mova aplicativos relacionados a dados da nuvem da Amazon para a do Google.

Já o gigante dos bancos de investimento BNY Mellon, um dos bancos mais antigos dos EUA, lançou na terça-feira um serviço de custódia para Bitcoin e Ethereum em nome de empresas de investimento usando software desenvolvido com o custodiante de criptomoedas Fireblocks. O BNY Mellon aproveitou a Chainalysis para software de conformidade e vai armazenar as chaves privadas dos clientes em seus portfólios de criptomoedas.

Talvez um ano atrás, durante um ciclo econômico diferente, esses dois movimentos teriam movido os mercados de criptomoedas. Não nesta semana, no entanto, em meio ao ambiente macroeconômico atual negativo.

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Mais regulação na Europa e em Washington

Os legisladores da União Europeia votaram na segunda-feira por 28 a 1 para aprovar a regulamentação Markets in Crypto Assets (MiCA) – um pacote histórico de legislação que espera regular as criptomoedas dentro do bloco. Se sobreviver à próxima rodada de votação, a implementação do MiCA vai trazer demandas mais rígidas para empresas de criptomoedas, emissores de stablecoin e mineradores.

Em abril do ano passado, o G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) encarregou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de “desenvolver uma estrutura que prevê a troca automática de informações fiscais relevantes sobre criptomoedas” entre as nações. Na segunda-feira, a OCDE apresentou sua estrutura ao G-20.

Ministros das Finanças e governadores de bancos centrais se reuniram em Washington no final da semana para revisar o Crypto Asset Reporting Framework (CARF) de 100 páginas e sugeriram alterações ao Common Reporting Standard (CRS) do grupo.

Já na quarta-feira, a senadora americana de Massachusetts Elizabeth Warren e seis outros legisladores democratas dos EUA enviaram uma carta a Pablo Vegas, CEO do Electric Reliability Council of Texas (ERCOT), chamando o Texas de “porto seguro desregulamentado” para operações de mineração de criptomoedas e solicitando informações sobre a energia consumo das operações de mineração de Bitcoin no estado do Texas.

Finalmente, esta semana trouxe mais uma rejeição da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, para o pedido de criação de um ETF Bitcoin spot, desta vez da Cboe BZX Exchange.

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*Traduzido com autorização do Decrypt

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