Projeto para soluções do sistema carcerário via blockchain vence hackathon na Ethereum Rio

Freedom Chains visa que todo tipo de comportamento do preso seja registrado on chain para evitar corrupção ou injustiças
Ilustração de correntes ilustradas com pequenos zeros e uns

Shutterstock

A Lumx, empresa que desenvolve soluções para blockhain em empresas, anunciou na quarta-feira (15), durante a Ethereum Rio, os vencedores do hackathon que organizou em parceria com o evento. O time vencedor foi o Freedom Chains, que recebeu um prêmio de US$ 5 mil.

O programador Kesney Lucas Ferro, membro do time vencedor, explicou o projeto tem um viés totalmente social e não econômico: trata-se de uma solução para dar maior transparência para o sistema carcerário brasileiro.

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“O nosso objetivo é que todo tipo de comportamento do preso seja registrado on chain para que tenha mais controle desses acessos e mais controle do que está acontecendo dentro daquela instância, e assim evitar qualquer possível corrupção que possa acontecer. E também utilizar de um modelo de IA que desenvolvemos para reunir todo esse conteúdo e sumarizar para ajudar no processo de, por exemplo, conseguir alvará de soltura, habeas corpus e documentar todo esse processo de ressocialização”, diz Kesney.

As três equipes finalistas fizeram um pitch no Ethereum Rio, em que apresentaram seus projetos desenvolvidos durante a maratona a uma banca de jurados especialistas no universo blockchain/web3.

Amanda Marques, CMO da Lumx, disse em entrevista ao Portal do Bitcoin qual foi a ideia para a concepção do projeto: “O hackathon surge como uma iniciativa da Lumx para principalmente puxar desenvolvedores para que tenham mais acesso e contato com o Lumx Protocol. No final do dia, a gente queria colocar nossa tecnologia na mão de desenvolvedores, para que eles pudessem criar novas soluções utilizando o protocolo e utilizando blockchain parceiros”.

Amanda Marques, CMO da Lumx (agachada no meio) e os finalistas das três equipes do hackathon (Foto: Divulgação)

Projetos finalistas

Outra equipe finalista, com o projeto PULSE, se posicionou na construção de uma ferramenta que auxilia no engajamento de comunidades, dentre elas a Ipê City, primeira startup city brasileira.

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Mariana Godoy, membro da Khiza DAO, representante da equipe que estava no Ethereum Rio, falou sobre a intensidade da maratona, “a experiência nesse meu segundo hackathon, com o projeto Pulse, foi muito intensa pois tudo aconteceu em apenas três dias. É incrível todo o aprendizado envolvido e a capacidade de realização que percebemos ter. O time foi formado online e mesmo sem nos conhecermos fomos capazes de desenvolver uma solução para um problema real e ser finalistas. Projetos com grande potencial nascem nesse tipo de competição”, reforça Mariana.

Já Wellington Moura, representante do time Bee Layer, descreveu o projeto, como “uma solução para diminuir os golpes com cartão, o chargeback, de empresas que provêm meio de pagamento, sendo eles aplicativos, plataformas. A nossa ideia é conseguir reduzir o impacto do chargeback para essas empresas”, afirma Wellington.

Durante os três dias, as equipes estiveram imersas nas atividades dos seus projetos, sendo contempladas com capacitação e aprendizados através de workshops e mentorias oferecidos pela Lumx e seus parceiros: Chiliz, Tanssi, Polygon e Scroll. Todos os patrocinadores do LumxHack, além de apoiarem financeiramente os projetos, criaram trilhas específicas e desafios extras dentro do Hackathon. Foi uma oportunidade única de conexão com grandes blockchains do ecossistema.