Problemas da Tether: empresas de fachada e documentos falsos usados para entrar no sistema bancário

Reportagem do Wall Street Journal detalhou os problemas da empresa emissora de USDT
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Os problemas da Tether continuam. De acordo com uma reportagem publicada na sexta-feira pelo Wall Street Journal (WSJ), as empresas que apoiam a maior stablecoin do mundo usaram documentos falsos e empresas de fachada para ajudar sua empresa controladora a entrar no sistema bancário.

O Journal cita e-mails e documentos para afirmar que a empresa por trás do USDT, a criptomoeda mais negociada, fez de tudo para se manter conectada ao sistema financeiro tradicional e abrir contas bancárias.

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Citando um e-mail, o WSJ relatou que um grande comerciante chinês tentou “driblar o sistema bancário fornecendo faturas de vendas e contratos falsos para cada depósito e saque”, admitiu Stephen Moore, um dos proprietários da Tether Holdings Ltd.

Moore então decidiu retirar o patrocinador, alegando que era “muito arriscado”, de acordo com o WSJ.

O WSJ também disse ter visto documentos mostrando que o Tether usou terceiros problemáticos que usaram “centenas de milhões de dólares em ativos apreendidos e conexões com uma organização terrorista designada”. Acrescentou que o Departamento de Justiça dos EUA está atualmente investigando o Tether.

Reposta da Tether

A Tether disse em um comunicado na sexta-feira que o relatório do WSJ era “totalmente impreciso e enganoso”.

“Bitfinex e Tether têm programas de conformidade de classe mundial e aderem aos requisitos legais aplicáveis de combate à lavagem de dinheiro, conheça seu cliente e financiamento de terrorismo”, acrescentou a empresa.

O negócio da Tether é cunhar USDT – a terceira maior criptomoeda depois de Bitcoin e Ethereum, com um valor de mercado de US$ 71 bilhões.

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O USDT é o ativo digital mais negociado: como uma stablecoin – uma criptomoeda apoiada por um ativo estável, como o dólar americano – as pessoas o usam para entrar e sair rapidamente de negociações sem usar um banco tradicional ou moeda fiduciária. O Tether é particularmente popular em mercados onde os dólares são restritos ou indisponíveis e no DeFi, que busca desintermediar os bancos.

Stablecoins como USDT agilizam o processo de transformar Bitcoin – ou qualquer outra criptomoeda – em dólares, euros ou ienes em uma bolsa.

Mas a Tether é uma empresa controversa há muito tempo. Ainda não forneceu documentação para provar que sua stablecoin é lastreada em dólares americanos e a entidade não é auditada de forma independente.

Em 2021, a Tether concordou em não fazer mais negócios em Nova York depois que uma investigação de dois anos do procurador-geral de Nova York descobriu que ela havia “feito declarações falsas sobre o apoio” de sua stablecoin.

*Traduzido com autorização do Decrypt.