A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu na manhã desta terça-feira (26) três pessoas e apreendeu nove carros em uma operação contra uma empresa acusada de pirâmide financeira que operava no Vale do Itajaí.
Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Taió, Pouso Redondo, Rio do Sul, Ituporanga, Blumenau, Jaraguá do Sul, Itajaí e Balneário Camboriú, de acordo com informações da Polícia Civil.
Conforme a polícia, a empresa movimentou um total de R$ 25 milhões nas contas bancárias em 2019. O valores e ativos financeiros foram todos bloqueados. Contudo, a investigação afirma que o valor movimentado é muito superior, visto que parte do dinheiro não passava pelos bancos.
Em nota, o delegado da cidade de Taió responsável pelo caso Jackson Guasselli Pessoa disse que a investigação começou em setembro deste ano.
“Conseguimos com a Justiça o sequestro de nove veículos e um terreno adquiridos pelos suspeitos com o dinheiro arrecadado das vítimas. Somados, o valor desses bens alcança cerca de R$ 1 milhão”, disse no comunicado enviado à imprensa.
As prisões, cujo tempo é de cinco dias, foram feitas em Itajaí e em Pouso Redondo.
Operação da Polícia Civil
Como é comum em esquema do tipo, o slogan da Uniitrading era: “Seu dinheiro fazendo dinheiro para você”. No site da empresa, a explicação sobre como a operação funciona é vaga. Há opções de compras de pacotes que variam de 4 a 12 meses. Depois disso, seria possível resgatar o lucro da aplicação.
De acordo com a polícia local, as promessas de retorno chegavam até 400% em um ano. “Os investimentos iam de R$ 500 até R$ 1 milhão”, disse o delegado.
Entre as possibilidades é que os crimes sejam de lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular, onde se enquadra a pirâmide financeira.
Neste caso, a polícia foi rápida. Pegou os suspeitos logo no início dos relatos sobre a falta de pagamentos: “Nos últimos dias, inclusive, foram obtidas informações de que os investigados já não estavam mais conseguindo realizar o pagamento das vítimas e havia suspeitas de que eles planejavam deixar o país”, afirmou o delegado.
De acordo com as investigações, embora os donos da Uniitrading afirmassem que o dinheiro era aplicado no mercado financeiro, o pagamento das vítimas só era possível com a entrada de novos clientes que traziam o dinheiro novo.
A mesma constatação foi feita em outras cidades do Estado, uma vez que a Uniitrading possuía lojas físicas em diferentes localidades.
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