Uma empresa de empréstimos com criptomoedas chamada Cred entrou com pedido de concordata no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para todas as suas subsidiárias, alegando que sofreu fraude financeira. A empresa oferecia juros mensais em aplicações de criptomoedas como bitcoin, ether e ripple.
De acordo com o Coindesk, em publicação no domingo (08), o pedido de falência é decorrente de atividades fraudulentas dentro da empresa, descritas pelos responsáveis como “incidente fraudulento“.
No documento registrado no Tribunal para o Distrito de Delaware, nos moldes do código ‘Capítulo 11’, a Cred listou ativos estimados entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões e passivos entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões.
Para acompanhar a concordata, a Cred disse em comunicado que nomeou Grant Lyon como diretor para seu Conselho, que também vai atuar como presidente do comitê de reestruturação da empresa durante o processo do Capítulo 11.
Além de Lyon, os escritórios MACCO Restructuring Group e Paul Hastings também vão atuar como consultores financeiro e jurídico, respectivamente, para avaliar fusões e aquisições e outras oportunidades de reestruturação.
Ainda sobre o documento, as empresas que a Cred listou para o processo são: Cred Inc.; Cred (US) LLC; Cred Merchant Solutions LLC; Cred Capital, Inc; Cred (Puerto Rico) LLC.
Empresa de criptomoedas alegou fraude
Há dois meses a plataforma havia entrado para o programa da Visa para desenvolver serviços de empréstimo, segundo informações do Coindesk em reportagem de setembro.
Conforme explicou, em outubro a Cred publicou uma carta “enigmática” onde disse que houve irregularidades no manuseio de fundos corporativos específicos, o que chamou de “perpetrador de atividade fraudulenta”.
Em resposta, o Cred disse que havia sido aconselhado por um consultor jurídico a suspender temporariamente as entradas e saídas de fundos relacionados ao programa CredEarn.
Parceira de criptomoedas
Na ocasião, a parceira Uphold, que fornece as carteiras de criptomoedas, disse a seus clientes que havia “decidido interromper seu relacionamento com a Cred”.
Por meio de um tuíte no sábado, a plataforma não deixou dúvida de que vai procurar reparações judicialmente, alegando a quebra de contrato.