PicPay volta a oferecer criptomoedas um ano após suspender serviço

Retorno do serviço reflete maturidade do mercado e atende demanda crescente dos usuários

Tela de smartphone mostra logo PicPay em verde

Foto: Shutterstock

Após interromper os serviços de criptomoedas por um ano e meio, o PicPay volta a operar no mercado, oferecendo a compra e venda de 12 criptomoedas no seu app.

A empresa explica que a decisão de retomar os serviços foi motivada pelo avanço da regulação no Brasil, que vem trazendo mais maturidade ao mercado cripto, além de atender aos pedidos dos clientes que solicitavam o retorno da oferta.

Em nota, o PicPay aponta que criptomoedas fazem parte da visão de longo prazo da empresa, e marca uma nova etapa na sua estratégia de negócios digitais.

“De 2023 para cá, o mercado evoluiu, a regulação avançou, e isso se reflete na demanda dos clientes, que seguem engajados e pedem o retorno desde então. Cada vez mais, vemos os criptoativos ocupando um espaço relevante na carteira dos brasileiros e fazendo parte da rotina financeira das pessoas”, afirma Anderson Chamon, cofundador e vice-presidente executivo de Novos Negócios do PicPay.

A partir desta quarta-feira (16), o PicPay passa a oferecer, de forma gradual a base de clientes, a negociação de 12 tokens: Bitcoin (BTC), Ether (ETH), USD Coin (USDC), Uniswap (UNI), Chainlink (LINK), Litecoin (LTC), Polygon (POL), Bitcoin Cash (BCH), Aave (AAVE), Solana (SOL), Ripple (XRP) e Dogecoin (DOGE).

Além do trade desses ativos, o app também traz novos recursos, como a criação de alerta de preços, que notifica o usuário sempre que a moeda estiver em alta ou baixa. Além disso, transações de compra ou venda acima de R$ 100 terão taxa zero no início da operação.

O Portal do Bitcoin questionou o PicPay se os usuários poderão transferir para carteiras externas as criptomoedas compradas através do app. A empresa respondeu que, neste momento, a funcionalidade não estará disponível, mas que “faz parte das possibilidades que estamos avaliando para a evolução da operação”.

Por que PicPay havia parado de oferecer criptomoedas?

Em outubro de 2023, poucos dias após a XP Investimentos fechar sua corretora de criptomoedas, o PicPay anunciou o fim de suas operações voltadas ao mercado de ativos digitais.

Na época, a justificativa usada foi “indefinições regulatórias do setor”, mas a empresa garantiu que estava nos planos retornar ao mercado cripto quando houvesse “mais clareza sobre o tema”.

E parece que a clareza finalmente veio.

“A retomada do PicPay acompanha um movimento mais amplo do mercado de criptoativos”, disse a empresa em nota. “Em 2024, o número de pessoas que possuem criptomoedas no mundo cresceu 13%, saltando de 583 milhões para 659 milhões de usuários — impulsionado pela adoção institucional e pela evolução regulatória em diversas regiões.”

No Brasil, essa tendência também se reflete: já há mais brasileiros investindo em cripto do que na Bolsa de Valores, segundo levantamento do Datafolha divulgado em março de 2025.

Sobre os próximos passos do produto, o executivo do PicPay, Anderson Chamon, afirma que a empresa tem um roadmap estruturado para evoluir a oferta de cripto dentro do app, expandindo o número de tokens disponíveis e desenvolvendo funcionalidades que melhorem a experiência do usuário.

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