PF prende brasileiro que lavou bilhões de reais em criptomoedas durante operação em Guarulhos

Operador financeiro foi preso domingo no aeroporto de Guarulhos quando tentava ir para Dubai
Viatura da Polícia Federal do Brasil - foto divulgação PF

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal prendeu na madrugada de domingo (7) um operador financeiro com expertise de lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas no Brasil. Ele havia sido alvo da Operação Colossus, de 2022, mas estava foragido desde então.

Em nota, a PF disse que ele foi detido em São Paulo, na área migratória do aeroporto internacional de Guarulhos, quando tentava embarcar em voo com destino à Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde ele morava nos últimos anos.

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Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o operador e sua companheira.

Segundo a Polícia, o preso é “responsável por diversos atos de lavagem de capitais por meio do recebimento de recursos financeiros de origem ilícita no país e sua disponibilização como criptoativos, tanto no exterior quanto no território nacional, dissimulando e ocultando a origem dos valores mediante sucessivas transações realizadas por diferentes empresas de fachada titularizadas por ‘laranjas'”.

Ele também é acusado da prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.

Operação Colossus

A prisão ocorrida no domingo é um desmembramento da Operação Colossus, que foi deflagrada em setembro de 2022, quando foi verificado que uma das empresas controladas pelo investigado movimentou, entre os anos de 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos, sem apresentar registros de emissão de notas fiscais.

Na época, a operação foi feita contra uma série de pessoas e empresas, entre arbitradores, exchanges de criptomoedas e empresas de fachada. No total, todos os investigados teriam movimentado mais de R$ 61 bilhões entre 2017 e 2021.

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O homem preso agora não foi encontrado na operação e fixou residência em Dubai, onde segundo a Polícia ele deu continuidade à prática criminosa, dificultando a atuação das autoridades policiais brasileiras por estar em outro país.

A PF diz ainda que foi identificada uma conta bancária pertencente a uma empresa de um “laranja” e que era utilizada por ele para o recebimento e transferência de recursos. Com registros de atuação ao longo do último ano, em apenas dez meses a conta bancária por ele utilizada apresentou movimentação bancária superior a R$ 1,4 bilhão.