PF faz operação no Tocantins contra suspeitos de golpe de R$ 15 milhões com criptomoedas

Segundo informou o órgão, o suposto esquema fraudulento funcionava a partir de captação de recursos de terceiros
Dois carros da polícia federal do Brasil em movimento 1

(Foto: Reprodução/PF)

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta nesta quarta-feira (09) cinco mandados de busca e apreensão em Palmas, no Tocantins contra suspeitos de aplicarem um golpe de R$ 15 milhões através de oferta de investimentos em criptomoedas. Segundo informou o órgão, o suposto esquema fraudulento funcionava a partir de captação de recursos de terceiros.

A ação da PF, chamada de ‘Operação Cripta’, conta com pelo menos 24 agentes federais que foram nos endereços apontados nos mandados expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Tocantins. Os nomes dos investigados não foram informados na nota da PF.

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De acordo com as investigações, que tiveram início a partir de denúncias de consumidores, os suspeitos de terem causado o prejuízo milionário prometiam a investidores rendimentos entre 5% e 30% do capital investido, “mas não possuíam autorização nem da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nem do Banco Central do Brasil (BCB) para realizarem as operações financeiras anunciadas”, disseram as autoridades.

“Tais operações não eram reveladas de maneira que os investidores não sabiam se as operações com criptoativos ocorriam de fato”, ressalta a PF.

Outro ponto é a maneira como os suspeitos se apresentavam e gastavam o dinheiro das supostas vítimas. “Os investigados teriam adquirido diversos bens de alto valor, ostentando boa condição financeira, tudo para conferir maior credibilidade ao suposto negócio”, descreve a PF.

Penas podem chegar a 20 anos de reclusão

Até o fechamento desta matéria não houve informação sobre prisão de algum suspeito. Contudo, com possíveis provas colhidas pelos agentes federais no dia de  hoje, os investigados poderão responder por vários crimes, segundo a PF.

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Os crimes podem ser de indução de investidor em erro, de operação irregular de instituição financeira, de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro. A PF ainda afirma que as penas para esses casos podem chegar a 20 anos de reclusão e multa.

O nome da operação, explica  PF, “remonta à etimologia da palavra ‘Cripta’, que significa ‘esconder-se’, referindo-se tanto aos ativos que se prometia adquirir (criptomoedas), quanto à sistemática do negócio proposto, cuja realidade era escondida dos investidores”.

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