O gestor Luis Stuhlberger, da Verde Asset Management, fez uma previsão apocalíptica em relação ao futuro do dinheiro no mundo. E citou o bitcoin como um dos poucos investimentos que terão valor de fato no longo prazo.
“A pior coisa que você pode ter é dinheiro. Provavelmente tanto ouro quanto bitcoin ou terra vão ser melhores do que dinheiro”, disse Stuhlberger no último sábado (18).
A fala de Stulhberger ocorreu durante live organizada pela corretora de investimentos XP. A declaração veio quando o gestor foi questionado sobre decisões recentes do Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, para estimular a economia. Entre elas estão a impressão de mais dólares e a compra de títulos considerados “podres”, com grande possibilidade de inadimplência, o que tende a desvalorizar moedas “fiat” no longo prazo.
Antes de citar o bitcoin, Stuhlberger começou dizendo que chegará um dia em que as dívidas dos Estados serão impagáveis. E que, nesse dia, “a pior coisa que você pode ter é dinheiro”.
“Um dia você vai acordar e vai ver que seu dinheiro não vale nada”, disse ele, comparando tal situação a um “Plano Collor mundial”.
Trata-se de uma referência à medida econômica desastrada tomada durante o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992) que confiscou a poupança de milhões de brasileiros. Essa decisão até hoje gera ações na Justiça para recuperação de ao menos parte dos prejuízos.
‘Ações certas no lugar certo’
A live promovida pela XP contou ainda com a participação de outro representante da Verde Assets, o executivo Luiz Parreiras. Ele acrescenta que as ações e títulos de boas empresas, posicionadas em bons mercados, também terão valor em longo prazo.
“Se o dinheiro em si vai ser questionado, o que vai sobrar para investir são as ações das boas empresas ganhadoras dessa crise e das próximas”.
Tal visão, segundo Parreiras, justifica a decisão da Verde em posicionar a maior parte dos R$ 42 bilhões em investimentos sob gestão do fundo em Bolsas nos Estados Unidos.
Veja o vídeo abaixo:
Efeitos sobre o bitcoin
Além do Fed, cujas ações totalizam um estímulo de US$ 2,3 trilhões à economia dos EUA, outros Bancos Centrais mundo afora têm seguido a mesma linha para atenuar a crise.
O BC brasileiro, por exemplo, implementou ações que visam a liberação de R$ 1,2 trilhão para o mercado.
Essas medidas agressivas de estímulo econômico do Fed devem ter influência sobre o bitcoin, conforme mostra reportagem do portal Decrypt que foi reproduzida pelo Portal do Bitcoin. No entanto, especialistas ainda divergem sobre os efeitos, seja em curto como em longo prazo.
*Traduzido e republicado com autorização da Decrypt Media- Leia também: Interessado em ouro? Investidor dá dicas iniciais e cita erros básicos a serem evitados
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