Nubank vai lançar criptomoeda própria na blockchain do Ethereum

O token Nucoin será distribuído para todos os clientes do Nubank e vai integrar o programa de benefícios que o banco planeja expandir em 2023
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Foto: Shutterstock

O Nubank, o maior banco digital do Brasil, vai lançar a sua própria criptomoeda, a Nucoin, na primeira metade do ano que vem.

Em anúncio enviado ao Portal do Bitcoin, o banco explica que esse token será lançado na blockchain do Ethereum em parceria com a Polygon Technology, empresa por trás de uma das redes de segunda camada mais populares do setor, que permite transações mais rápidas e baratas dentro da rede Ethereum.

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O token Nucoin será distribuído de forma gratuita para toda a base de clientes do banco digital durante o lançamento oficial. O evento ainda não tem data marcada, mas a previsão é que aconteça em algum momento no início de 2023. 

O objetivo principal dessa nova criptomoeda será servir como base para o programa de benefícios que o banco planeja expandir. À medida que os clientes acumulam Nucoins, eles poderão ganhar descontos em produtos e serviços do Nubank, por exemplo.

Para Fernando Czapski, líder do Nucoin, a criptomoeda será uma nova forma de reconhecer a fidelidade dos clientes e incentivar o uso dos produtos oferecidos pela instituição.

“Este projeto é mais um passo que damos por acreditar no potencial transformador da tecnologia blockchain e para democratizá-la ainda mais, indo além da compra, venda e manutenção de criptomoedas em nosso aplicativo”, diz o executivo.

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O lançamento do próprio token representa mais um avanço do Nubank no meio cripto, uma aproximação que começou em maio deste ano, quando o banco investiu 1% do caixa da Nu Holdings em bitcoin, cerca de R$ 140 milhões na estimativa do Portal do Bitcoin.

Em junho, o Nubank passou a vender bitcoin e ether no aplicativo, e cerca de 2 milhões de brasileiros compraram criptomoedas pelo banco nos três meses posteriores ao início da oferta.

Acesso antecipado

Ainda não foram divulgados mais detalhes sobre todos os benefícios que os clientes do Nubank terão ao usar a criptomoeda no plano de fidelidade. 

Apesar disso, um esboço de como o projeto será no futuro poderá ser testado por 2 mil de clientes do Nubank, que ganharão acesso antecipado ao serviço.

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Esse grupo de clientes será selecionado nos meses de outubro e novembro pela equipe do banco a partir do rol de usuários mais participativos nas discussões na NuCommunity, espaço online dedicado ao diálogo da comunidade.

A partir desse grupo, o banco planeja receber feedbacks e sugestões de melhorias para a criptomoeda. “A proposta é explorar um processo descentralizado de criação de produto, característico da Web3”, explica o Nubank.

Parceria com Polygon

Assim como o Nubank usa a Paxos para fornecer a infraestrutura para a venda de criptomoedas no app, o banco também procurou uma empresa estrangeira para auxiliar na criação do Nucoin.

Uma parceria estratégica foi firmada com a Polygon Technology, e a empresa vai fornecer a tecnologia e suporte técnico para o projeto de criptomoeda do Nubank. 

O acordo foi comemorado por Sandeep Nailwal, cofundador da Polygon, que confirma a participação da sua empresa também na criação do plano de fidelidade do Nubank.

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“Uma das maiores instituições financeiras do mundo distribuindo sua própria criptomoeda é uma forte validação da utilidade que blockchain e cripto tem a oferecer. O programa de fidelidade do Nubank, desenvolvido em parceria com a Polygon, vai trazer os benefícios transformadores da tecnologia blockchain para seus clientes, reconhecendo as mudanças que estão acontecendo no mundo financeiro tradicional”, disse Nailwal em nota à imprensa.

Seguindo os concorrentes

O Nubank não é a primeira instituição financeira a criar a sua própria criptomoeda. O Mercado Livre, que também oferece compra de criptomoedas pelo Mercado Pago desde dezembro passado, lançou em agosto deste ano a Mercado Coin (MCN).

Assim como o Nucoin, o token do Mercado Livre também foi construído na blockchain do Ethereum e segue o padrão ERC-20. Ele funciona como um utility token, ou seja, uma criptomoeda que tem uma utilidade já definida previamente pelo emissor.

Neste caso, o MCN integra o programa de fidelidade do Mercado Livre, sendo oferecido como recompensa na compra de determinados produtos no site, além de também servir para realizar compras no marketplace. 

Dentro do Mercado Pago, o usuário pode comprar e vender MCN, mas sacar o ativo para carteiras externas não é permitido, assim como também não é possível sacar bitcoin no app sem antes convertê-lo para real.

O Nubank também possui essa limitação de saques de criptomoedas vendidas na plataforma para carteiras externas. A reportagem questionou o banco se a opção de saque estará disponível para o Nucoin, bem como se será permitida a negociação da criptomoeda no mercado secundário, mas não recebeu uma resposta direta.

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A equipe do banco se limitou a responder que, neste primeiro momento, “o foco com o Nucoin é que ele seja o elemento de inovação do programa de recompensas ao cliente do Nubank. Estamos avaliando diferentes funcionalidades para garantir que a experiência de nossos clientes seja incrível”.

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