MP diz que laranja de ‘Capitão Adriano’ investia em bitcoin

Preso esteve nos EUA “colocando os negócios para funcionar”
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Policial Militar Rodrigo Bitencourt do Rego

O policial militar Rodrigo Bitencourt do Rego, preso pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) na semana passada, atuava como laranja de Adriano Magalhães da Nóbrega, o ‘Capitão Adriano’, usando empresas de fachada e investindo em bitcoin. As informações são do G1, que obteve acesso aos documentos.

Nóbrega, que serviu no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), morreu na Bahia no ano passado supostamente em confronto com a polícia. De acordo com as investigações do MP, Rodrigo é sócio de duas empresas de fachada cujo dono era Adriano. As empresas citadas são: Lucho Comércio de Bebidas; Cech Tech Negócios Financeiros

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Segundo o G1, além de ser investigado por comandar um grupo de extermínio, o ex-militar também foi citado no caso das ‘rachadinhas’ do senador Flávio Bolsonaro e é suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018.

“Com um salário bruto de R$ 3,7 mil, o soldado Rodrigo possui nove veículos registrados em seu CPF, investe em bitcoin e ainda passou três dias em Miami”, descreveu o G1. 

A publicação acrescentou que Rodrigo disse a uma amiga que estaria nos EUA “colocando os negócios para funcionar”. Segundo a reportagem, o que Rodrigo foi fazer no exterior ainda não foi descoberto pelo MP.

Rodrigo teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio de Janeiro no dia 23 de março, juntamente com a de Julia Emilia Mello Lotufo, companheiro do Capitão Adriano e mais dois acusados — sargento Luiz Carlos Felipe Martins e Daniel Haddad Bittencourt Fernandes Leal. 

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Conforme investigações do MP, eles integram a milícia que era comandada por Adriano e foram denunciados por organização criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro. 

Considerada foragida, a viúva do Capitão Adriano, que inclusive foi namorada de Rodrigo, era quem fazia a contabilidade da quadrilha, ou seja, os integrantes da organização criminosa prestavam contas a ela sobre rendimentos, vendas de gado e gestão de uma haras de Adriano.