A mineração de Bitcoin (BTC) obteve a maior receita da sua história, ao atingir US$ 52,3 milhões (R$ 290 milhões) durante o último sábado (13), de acordo com dados da empresa de análises Glassnode.
Nessa receita, estão incluídas tanto as taxas de transação quanto as recompensas por bloco minerado. As taxas de transação, por si só, representam cerca de 75 a 100 BTCs por dia, enquanto o restante está ligado às recompensas dos blocos.
O recorde foi batido mesmo após a recompensa média diária de mineração ter caído para cerca de 900 a 1000 BTCs por dia, depois do halving ocorrido em maio de 2020. Antes, a recompensa costumava ser em torno dos 2 mil BTCs/dia.
Valorização do Bitcoin e receita dos mineradores
Antes do halving, o ganho dos mineradores, em Bitcoin, era maior do que o atual em quantidade. O auge ocorreu em 13 de julho de 2010. Naquele dia, os mineradores ganharam aproximadamente 34,6 mil BTC, no total, pela realização das suas atividades.
Porém, em 2010, 1 BTC valia menos de um centavo de dólar, segundo a própria Glassnode. Com o passar dos anos, o criptoativo valorizou, enquanto a recompensa dos mineradores sofreu três cortes. Esses cortes, conhecidos como halvings, pertencem ao código da moeda e servem para limitar a emissão do Bitcoin.
A cada ciclo do halving, a recompensa dos mineradores é cortada pela metade. Isso faz com que o criptoativo se torne cada vez mais escasso. O primeiro deles aconteceu no final de 2013, seguido por outro em 2016. Em maio de 2020, aconteceu o terceiro halving, enquanto o próximo está previsto para março de 2024, de acordo com o Bitcoin Clock.
Contudo a atividade permanece lucrativa visto que o aumento do preço do Bitcoin compensa o lucro dos mineradores, mesmo com a diminuição da quantidade de moedas mineradas.
Haverá um momento no qual todos os 21 milhões de Bitcoins serão minerados. Atualmente, cerca de 88,8% deles já estão no mercado — faltam 2,3 milhões de criptomoedas para serem mineradas.