MicroStrategy aumenta aposta no bitcoin e volta a comprar a criptomoeda após dois meses parada

Empresa comprou 480 BTC com preço médio de US$ 20.817 por unidade e investimento total de US$ 10 milhões
moeda do bitcoin com o logo da microstrategy ao fundo

Shutterstock

A MicroStrategy resolveu descartar os rumores de que poderia ter que liquidar suas reservas de bitcoin devido à queda no preço. Ao contrário, a empresa está aumentando ainda mais sua exposição ao ativo, com uma nova compra de US$ 10 milhões em BTC.

O anúncio feito no Twitter nesta quarta-feira (29) pelo CEO da empresa e maximalista do bitcoin, Michael Saylor. Ele afirma que a MicroStrategy adquiriu 480 BTC por aproximadamente US$ 10 milhões em dinheiro, entre os dias 3 de maio e 28 de junho.

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Essa é a primeira compra de bitcoin da MicroStrategegy desde o dia 5 de abril. Há dois meses, a empresa havia adquirido uma quantia bem maior, de 4.167 bitcoins, pagando US$ 45.700 por moeda.

Na compra desta semana, o valor médio pago pelo ativo foi metade, de US$ 20.817 por bitcoin. Essa é uma cotação superior a que o BTC registra na manhã desta quarta, em que uma queda de 4,3% no dia derruba seu preço para US$ 20.040, segundo o CoinMarketCap.

Com a nova aquisição revelada hoje, a MicroStrategy passa a ser detentora de 129.699 bitcoins, adquiridos por U$ 3,9 bilhões a um preço médio de US$ 30.664 por BTC.

Até o momento, Michael Saylor não fez novos comentários sobre a compra. Mas ontem (28), repetiu o que parece ser seu mantra nesse inverno cripto: “Continue humilde. Acumule sats [frações de bitcoin].

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Mãos de diamante

Quando o preço do bitcoin continuou a cair em junho até atingir uma mínima do ano de US$ 17,7 mil, a atenção da comunidade cripto estava direcionada a MicroStrategy, com o temor de que a queda da criptomoeda obrigasse a empresa a vender parte da sua posição.

Mas, como comprovado hoje, isso não aconteceu. Michael Saylor foi enfático na época em afirmar que continuaria segurando firme seus bitcoins.

“Quando a MicroStrategy adotou uma Estratégia Bitcoin, previu volatilidade das criptomoedas e estruturou seu balanço para que pudesse continuar com HODL em meio às adversidades”, tuitou o empresário no dia 14 de junho.

No dia seguinte, Saylor relembrou um dos fundamentos do bitcoin, que é não ser atrelado a nenhuma moeda fiduciária: “1 BTC = 1 BTC”.

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O problema central dessa história é o fato de que a MicroStrategy fez empréstimos bancários para comprar mais bitcoin, usando sua própria reserva da criptomoeda como garantia.

Portanto, com o mercado em baixa, rumores de que a companhia poderia ter que vender os criptoativos começaram a se espalhar. Ainda assim, Saylor garantiu que a empresa e sua reserva de bitcoin estava segura.   

“A MicroStrategy tem um compromisso de empréstimo de US$ 205 milhões e precisa manter US$ 410 milhões como garantia. A companhia tem 115.109 BTCs que podem ser penhorados. Mesmo se o preço do BTC cair abaixo de US$ 3.562, a empresa poderá oferecer outras garantias”, afirmou Saylor na época.