As principais criptomoedas e altcoins voltam a ser negociadas em terreno positivo nesta quinta-feira (24), embaladas pela euforia dos mercados acionários com o balanço da Nvidia, a primeira empresa de chips avaliada em US$ 1 trilhão.
A companhia, cujos semicondutores podem processar um alto volume de dados exigidos pela inteligência artificial (AI, na sigla em inglês), divulgou estimativas de vendas acima das projeções de analistas.
Tokens associados à AI também avançaram após o balanço da Nvidia, entre eles Render, que dispara mais de 10%, The Graph (+2,5%) e Injective (+1,8%), mostram dados do CoinGecko.
Já o Bitcoin (BTC) registra alta de 1,6% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 26.435,30, segundo dados do Coingecko.
Para o fundador da empresa de investimento cripto Pantera, Dan Morehead, apesar da onda vendedora recente, a maior criptomoeda tende a iniciar um período de alta, puxada pela demanda constante e queda da oferta com o próximo “halving”.
Em reais, o BTC ainda anda de lado, com ganho de 0,3% e negociado a R$ 129.559,45, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) também se recupera e sobe 1,6%, para US$ 1.669,49.
No entanto, analistas grafistas alertam que a segunda maior criptomoeda poderia cair para US$ 1.100 diante do cenário adverso para ativos de risco, mostra análise da Bloomberg.
E em outro revés para o token criado por Vitalik Buterin, a Bitstamp, exchange cripto com sede em Luxemburgo, decidiu encerrar seus serviços de “staking” de ETH nos EUA, pelo qual usuários bloqueiam a criptomoeda em troca de renda passiva.
Em meio ao ambiente regulatório hostil, o staking será suspenso a partir de 25 de setembro, informou a corretora, destacando que outros serviços continuarão disponíveis no mercado americano.
Outras altcoins ensaiam uma recuperação nesta quinta, entre elas BNB (+1,9%), XRP (+0,6%), Cardano (+2,3%), Solana (+4,1%), Polkadot (+1,2%), Polygon (+0,2%), Shiba Inu (-0,6%%) e Avalanche (+1,3%).
Dogecoin (DOGE) opera com estabilidade. O brasileiro Glauber Contessoto, que chegou a contar com US$ 3 milhões da criptomoeda-meme no portfólio, agora possui apenas US$ 50 mil, destaca o Decrypt. Mas ele segue confiante de que o token de estimação do bilionário Elon Musk ainda será usado como moeda no Twitter, que agora se chama X.
Parceria entre FTX e Galaxy
A corretora cripto FTX, atualmente em recuperação judicial, quer contratar os serviços da Galaxy Digital, de Mike Novogratz, para ajudar a gerenciar seus criptoativos, informou o The Block.
Em documento judicial registrado na quarta-feira (23), a FTX solicitou permissão para trabalhar com a Galaxy Asset Management, que, segundo a exchange, “forneceria serviços de gestão de investimentos com relação a certos ativos digitais que constituem uma conta da FTX Trading”.
A FTX, fundada por Sam Bankman-Fried, colapsou no ano passado após a revelação de irregularidades nas operações da corretora. Em abril, a empresa disse ter recuperado US$ 7,3 bilhões em dinheiro e ativos digitais líquidos.
A FTX tem gastado US$ 1,5 milhão por dia com despesas legais no processo de recuperação judicial, de acordo com o CoinDesk.
Alerta do FBI
O FBI alertou empresas cripto que fundos associados às organizações de hackers norte-coreanas, Lazarus Group e APT38, estão sendo movimentados.
A agência disse que cerca de 1.580 bitcoins, cerca de US$ 40 milhões na cotação atual, ligados aos criminosos cibernéticos norte-coreanos foram movimentados nas últimas 24 horas.
As autoridades acreditam que os hackers vão tentar sacar os bitcoins.
Enquanto isso, Roman Storm e Roman Semenov, fundadores do Tornado Cash, um dos principais serviços de mixing de criptomoedas do mundo, foram formalmente acusados de violações de sanções ligadas ao seu trabalho que “facilitaram a lavagem de mais de US$ 1 bilhão em dinheiro”, incluindo para o grupo norte-coreano Lazarus, informou o Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA na quarta-feira (23).
Storm foi preso no estado de Washington, segundo o DoJ, ao passo que Semenov continua foragido.
CPI das Pirâmides
No Brasil, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou na quarta-feira (23) a quebra de sigilo bancário dos atores Tatá Werneck e Cauã Reymond e do jornalista Marcelo Tas, segundo o Estadão.
Em 2018 e em 2019, os três promoveram a Atlas Quantum, investigada pela CPI e suspeita de lesar cerca de 200 mil investidores.
Inconformada com a quebra de sigilo, Tatá Werneck disse em nota publicada pela coluna de Lauro Jardim que não cometeu nenhum crime.
Tatá afirma no comunicado que “jamais poderia prever que a empresa se envolveria em fraudes anos depois” e pretende recorrer à Justiça para tomar “medidas judiciais cabíveis”.
Na quarta, a CPI também aprovou a quebra de sigilo bancário e convocação dos sócios da agência de viagens 123milhas para depoimento sobre o modelo de negócios da companhia e o cancelamento de pacotes comprados por clientes, de acordo com o Valor Econômico.
Outros destaques das criptomoedas
O Bitybank planeja lançar um cartão de débito em parceria com a Mastercard para permitir o pagamento de produtos com o saldo em conta, seja em reais ou criptoativos, conforme o Valor. Na contramão, a Binance vai encerrar o serviço Binance Card no Brasil a partir 21 de setembro. O anúncio ocorre um dia depois do lançamento da Binance Pay no país, uma opção de pagamento de criptomoedas por aproximação.
E o Solana Pay, protocolo de pagamentos baseado na blockchain Solana, fechou uma parceria com o gigante de comércio eletrônico Shopify, liberando pagamentos com a stablecoin USDC, de acordo com comunicado das empresas na quarta-feira.
A USDC, emitida pela Circle, na qual a Coinbase comprou recentemente uma participação minoritária, será lançada em outras seis blockckains: Polygon PoS, Base, Polkadot, NEAR, Optimism e Cosmos.
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