Manhã Cripto: CVM coloca pirâmide Be-Capital na mira enquanto preços do Bitcoin (BTC) e do Ethereum (ETH) recuam

Itaú Unibanco e BTG Pactual fazem a primeira transferência interbancária com tokens do Drex; investidores pisam no freio após euforia com vitória da Grayscale na corrida por ETF de Bitcoin à vista nos EUA
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(Foto: Shutterstock)

mercado de criptomoedas pisa no freio nesta quinta-feira (31), após a euforia de investidores com a possível aprovação de um fundo com exposição direta ao Bitcoin nos EUA.  

Na Europa, os índices acionários avançam puxados pelo lucro recorde do UBS na esteira da compra do Credit Suisse, enquanto os futuros dos EUA mostram pouca variação no aguardo de dados na sexta sobre o nível de emprego na maior economia do mundo. 

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O Bitcoin (BTC) recua 0,7% nas últimas 24 horas, para US$ 27.194,54, segundo dados do Coingecko.   

Em reais, o BTC perde 0,26%, cotado a R$ 133.338,14, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Analistas apontam dúvidas sobre os próximos passos para a aprovação de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin spot nos EUA e realização de lucros para o recuo das criptomoedas nesta quinta. 

Traders agora digerem a vitória da gestora Grayscale na Justiça contra a SEC que pode abrir caminho para converter seu GBTC, o maior fundo de Bitcoin no mundo, em um ETF à vista. 

Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Grayscale, Michael Sonnenshein, disse que não sabe ao certo se será preciso um novo pedido para lançar um ETF de Bitcoin, caso a decisão seja confirmada. 

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O Ethereum (ETH) registra queda de 0,7%, negociado a US$ 1.704,27.  

Depois de revelar que a Robinhood é a terceira maior baleia de Bitcoin, a Arkham Intelligence chamou a atenção para outro dado: a plataforma de negociação online tem a quinta maior carteira de Ethereum, com cerca de US$ 2,54 bilhões em ETH. 

A Robinhood agora também oferece suporte para Bitcoin e Dogecoin em sua carteira, além de permitir “swaps” de Ethereum para alguns usuários. 

Em outro destaque, a plataforma de crédito cripto BlockFi, atualmente em recuperação judicial, pediu autorização para converter DOGE (+1,4%) e outros tokens na stablecoin Gemini Dollar. 

E a Binance avisou que vai encerrar gradualmente seu suporte para produtos ligados à stablecoin BUSD. Usuários foram orientados a converter suas BUSD em outros ativos até fevereiro do ano que vem, de acordo com anúncio nesta quinta. 

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A stablecoin foi alvo de uma investida regulatória em fevereiro, quando a Paxos recebeu uma ordem do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS) para parar de emitir o token, conforme o CoinDesk

Após o rali na sessão anterior, as principais altcoins devolvem os ganhos, entre elas BNB (-0,7%), XRP (-1,1%), Cardano (-0,7%), Solana (-3,9%), Polkadot (-2,4%), Polygon (+0,4%), Shiba Inu (-0,8%) e Avalanche (-1,5%). 

CVM mira nova pirâmide Be-Capital

Após multar em R$ 102 milhões a GAS Consultoria, empresa do Faraó do Bitcoin, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentou uma denúncia contra a Be-Capital Holdings, que prometia “retorno garantido aos investidores”, de acordo com a acusação da autarquia divulgada pela coluna Capital do jornal O Globo

A própria empresa e os sócios são réus no novo processo. De acordo com o Globo, clientes que não conseguem sacar recursos aplicados na companhia têm se queixado no site Reclame Aqui. Ainda não há data para o julgamento. 

Em outra decisão da CVM, a agência rejeitou um acordo com a Binance em uma investigação sobre a oferta de derivativos no mercado brasileiro. 

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Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avisou aos parlamentares que não pretende prorrogar o prazo das quatro comissões parlamentares de inquérito (CPIs) em andamento no Congresso, informou o Valor Econômico

“Disse que nem um dia a mais e para corrermos para aprovar o relatório”, afirmou o líder da oposição na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ). 

A CPIs do MST, das fraudes em apostas esportivas e das Americanas devem ser encerradas em 14 de setembro, enquanto a comissão que investiga pirâmides financeiras tem prazo até 28 de setembro, segundo o jornal. 

Na quarta-feira (30), a CPI das Pirâmides não aprovou a convocação do pai de Neymar e do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas o “Engomadinho do Bitcoin”, fundador da empresa Bybot e na mira do Comando Vermelho, foi convocado. 

A comissão decidiu ampliar o escopo da investigação sobre o colapso da agência de viagens 123Milhas, cujos donos Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira faltaram à sessão da CPI na terça-feira

O deputado Caio Vianna (PSD/RJ) deve convidar representantes das companhias aéreas Gol, Latam e Azul para que expliquem o funcionamento do setor da aviação. 

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A convocação dos diretores da HotMilhas e MaxMilhas, dos mesmos donos da 123milhas, já foi aprovada pelos parlamentares na quarta-feira. 

Em analogia com o caso da 123Milhas, artigo no Portal do Bitcoin analisa como seria o funcionamento de um programa de milhagem tokenizado via blockchain. 

Outros destaques das criptomoedas  

Itaú Unibanco e BTG Pactual executaram a primeira transferência interbancária com tokens do protótipo do Drex, como é chamada a versão do real digital, como parte dos testes para o lançamento da moeda, segundo o Valor Econômico.  

Os dois bancos já possuem seus nós validadores instalados na Hyperledger Besu, a blockchain do Drex, enquanto outros consórcios ainda buscam atender aos requisitos técnicos para se integrar à rede permissionada, de acordo com o jornal. Por enquanto, 10 dos 16 consórcios da iniciativa privada que participam do piloto instalaram seus nós. 

A Worldcoin, projeto que usa a biometria da íris para a criação de uma identidade digital única, a World ID, disse que as inscrições atingiram recorde diário em agosto na Argentina, apesar de uma investigação em andamento sobre privacidade de dados conduzida por autoridades do país. 

Em publicação no blog do projeto, a Worldcoin disse que cerca de 9.500 argentinos verificaram sua World ID em um único dia, o equivalente a “um ser humano verificado na Argentina a cada 9 segundos”, segundo o comunicado. O projeto é liderado pela empresa Tools for Humanity, cofundada por Sam Altman, também CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT. 

E por falar em privacidade, a rede social X, antes Twitter, atualizou sua política para incluir a coleta de dados biométricos, informou a Bloomberg. “Com base no seu consentimento, podemos coletar e usar suas informações biométricas para fins de segurança, proteção e identificação”, disse a empresa em sua nova política. Um porta-voz do X confirmou a mudança à Bloomberg, mas não forneceu mais detalhes. 

Após a atualização da política, Elon Musk, dono da rede social, anunciou que agora será possível realizar chamadas de vídeo e áudio sem compartilhar o número do telefone, em mais um passo para a criação de um “superaplicativo”. A plataforma também pretende coletar informações sobre a trajetória profissional e escolaridade dos usuários.