Manhã Cripto: Bitcoin volta a cair 3% para US$ 111 mil; BNB desaba 11%

Apesar das quedas, especialistas dizem que fundamentos das criptomoedas seguem sólidos e correção não representa o fim do bull market

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Apesar da recuperação registrada na segunda-feira, o Bitcoin voltou a cair 3% nesta terça (14), sendo negociado a US$ 111.645. Em reais, a criptomoeda é cotada a R$ 614.538, segundo dados do Portal do Bitcoin.

A maior parte do mercado cripto acompanha o movimento de queda. O Ethereum (ETH) recua 4,2%, para US$ 3.989, enquanto o XRP cai 5,9%, para US$ 2,47.

Entre os dez maiores criptoativos do mercado, o BNB lidera as perdas, com desvalorização de 11% no dia, cotada a US$ 1.202. A queda é significativa, já que durante a recuperação generalizada de ontem, o token havia atingido um novo recorde de preço de US$ 1.369, segundo dados do CoinGecko.

Embora os últimos dias tenham sido difíceis para as criptomoedas, após o maior evento de liquidação atingir o setor na sexta-feira, especialistas ouvidos pelo Portal do Bitcoin seguem confiantes que essa correção não representa o fim do bull market, que costuma ganhar força em outubro — o famoso “Uptober”.

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A analista técnica e trader parceira da Ripio, Ana de Mattos, descreve o que ocorreu no dia 10 de outubro foi “um evento fora da curva”. Ela explica que as declarações do presidente Donald Trump sobre novas tarifas comerciais serviram de gatilho para uma onda de liquidações em cadeia.

O impacto foi real, mas isso não significa que o setor tenha entrado em um novo ciclo de baixa. “Ainda não dá pra cravar que entramos num bear market prolongado. Os fundamentos das criptos mais sólidas, aquelas com adoção real, utilidade e interesse institucional, seguem intactos”, diz.

Queda não significa fim do bull market

A visão é compartilhada pelo time de Research do MB | Mercado Bitcoin, que considera o episódio um movimento técnico de desalavancagem, e não o início de um bear market. “Nos próximos dias, o mercado deve seguir em um movimento de recuperação gradual, após o ‘flash crash’ provocado pelo aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China”, diz a equipe, que vê sinais de estabilização à medida que o temor de uma guerra comercial perde força.

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O mercado, ressaltam os analistas, opera sem muitos dados econômicos recentes em função do shutdown do governo norte-americano, o que aumenta o peso de notícias políticas sobre os preços. Ainda assim, eles acreditam que o episódio foi pontual.

“Tivemos uma desalavancagem intensa e uma queda abrupta, mas, ao ampliarmos o horizonte, vemos entradas robustas nos ETFs americanos no início de outubro, reforçando a tese do Uptober”, afirmam. O time acrescenta que grandes instituições, incluindo a BlackRock, aproveitaram a correção para acumular Bitcoin quando o ativo chegou a cair para US$ 105 mil, o que indica que ainda há demanda forte por criptoativos.

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“O mercado agora entra em uma fase de consolidação, definida por cautela renovada, tomada de risco seletiva e uma reconstrução mais comedida da confiança nos mercados à vista e de derivativos”, disse a empresa de análise Glassnode em nota.

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