As principais criptomoedas consolidam a tendência de valorização nesta sexta-feira (15), em linha com o bom humor dos investidores de ações, após dados positivos sobre a economia da China, a segunda maior do mundo depois dos EUA.
No front da política monetária, ainda há dúvidas se o banco central americano realmente fará uma pausa nos aumentos dos juros, enquanto na zona do euro o BCE deu pistas de que o ciclo de aperto foi encerrado, mostra análise da Bloomberg.
Quanto ao desempenho da maior criptomoeda do mundo, dados on-chain indicam que, apesar da calmaria recente, o Bitcoin pode estar pronto para embarcar em um rali, de acordo com o CoinDesk.
O Bitcoin (BTC) sobe 1,3% nas últimas 24 horas, para US$ 26.619,97, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC avança 0,7%, negociado a R$ 130.762,71, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) ganha 0,6%, cotado a US$ 1.628,26.
As altcoins mais negociadas operam no azul, entre elas BNB (+0,5%), XRP (+3,4%), Dogecoin (+1%), Cardano (+1,2%), Polkadot (+1,4%), Polygon (+0,9%), Shiba Inu (+2,2%) e Avalanche (+0,9%).
Especialistas dizem que a recuperação do Bitcoin pode colocar em risco apostas baixistas em altcoins e exercer uma pressão compradora sobre alguns tokens, como Solana, que sobe 2,3% nas últimas 24 horas.
O token também está no radar de traders devido ao grande volume de SOL na carteira da exchange cripto FTX, de cerca de US$ 1,16 bilhão, destaca o Wall Street Journal. Nesta semana, a corretora recebeu aprovação para vender aproximadamente US$ 3,4 bilhões em tokens.
E por falar em FTX: Sam Bankman-Fried, fundador da exchange, acredita ser uma das pessoas mais odiadas do mundo, de acordo com 250 páginas de “justificativas” de uma thread do X publicadas pela primeira vez pelo jornal New York Times.
Batalha da SEC contra Binance.US
A reguladora SEC acusou a Binance.US, braço da gigante cripto nos EUA, de não cooperar com uma investigação sobre os serviços de “staking”, compensação e corretagem da empresa que, segundo a agência, violam a lei federal de valores mobiliários do país, de acordo com documentos judiciais revelados na quinta-feira (14) e publicados pelo CoinDesk.
Reguladores federais dos EUA temem que o uso da Ceffu, um serviço de custódia oferecido pelo braço internacional da Binance, constitua uma violação de um acordo anterior destinado a impedir que ativos sejam transferidos ao exterior.
A holding Binance.US, conhecida como BAM, forneceu “apenas aproximadamente 220 documentos… muitos dos quais consistem em capturas de tela ininteligíveis e documentos sem datas ou assinaturas”, disse a SEC sobre o processo de coleta de provas chamado de “discovery” (descoberta).
Em documento de 12 de setembro, a Binance.US classificou as preocupações da SEC sobre a Ceffu como “muito barulho por nada” e sua exigência por mais documentos de “expedição de pesca fútil”.
Para complicar sua situação nos EUA, a Binance.US perdeu mais dois executivos do alto escalão, conforme o The Wall Street Journal: o diretor jurídico, Krishna Juvvadi, que atuava na corretora desde maio do ano passado, e o diretor de risco, Sidney Majalya, que integrava o quadro desde dezembro de 2021.
No Brasil, onde a empresa é investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o diretor-geral da Binance no país, Guilherme Haddad Nazar, respondeu que a corretora é apenas uma “vítima” das pirâmides financeiras ao ser questionado por um deputado sobre a menção da exchange em vários esquemas fraudulentos com criptomoedas.
Em outro revés para a imagem da maior exchange cripto do mundo, especialistas em ajuda humanitária criticaram as doações de até US$ 100 em tokens BNB para cerca de 70 mil clientes da Binance do Marrocos, dizendo que dinheiro vivo, comida e cobertores atenderiam às necessidades mais imediatas dos sobreviventes do terremoto, noticiou o Financial Times.
Exchanges cripto sob pressão
Não é apenas a Binance que enfrenta um ambiente difícil para atuar no mercado de criptomoedas.
A Bybit, uma das maiores corretoras cripto do mundo, espera sair do Reino Unido antes da implementação de novas regras de marketing que entrarão em vigor nas próximas semanas, informou o The Block.
“Vemos que a regulamentação se torna mais rigorosa. Muito provavelmente, teremos de recuar em muitos países. Acho que, do Reino Unido, teremos que sair muito em breve. Saímos recentemente da França”, explicou Ben Zhou, cofundador e CEO da Bybit.
Já a Genesis, empresa de negociação de criptomoedas que foi duramente atingida pelo colapso do hedge fund cripto Three Arrows Capital e da FTX no ano passado, encerrou todas as suas operações comerciais.
Em meio aos desafios regulatórios, outras corretoras buscam novos ares. A exchange Bullish tenta conseguir uma licença para operar em Hong Kong, enquanto a canadense Bitcoin Bull lançou serviços na Costa Rica.
Outros destaques das criptomoedas
A Ripple Labs, emissora do token XRP, anunciou na quinta-feira (14) o lançamento de sua plataforma “Liquidity Hub” no Brasil e Austrália, com o objetivo de oferecer a empresas uma forma “simplificada” de comprar, vender e manter ativos digitais. O serviço já estava disponível em 35 estados dos EUA, incluindo Califórnia, Pensilvânia, Geórgia, Michigan, Arizona e Colorado.
“A Ripple tem fortes conexões com essas regiões a partir de nossos negócios existentes e encontrou empresas inovadoras que buscam adotar cripto para atender às necessidades de pagamentos e liquidez de seus clientes finais”, disse a Ripple em e-mail ao The Block sobre os mercados brasileiro e australiano.
Enquanto isso, a Ramp Network, uma startup de pagamentos de criptomoedas do Reino Unido que desembarcou no Brasil no final de julho, adicionou o Pix como método de compra de moedas digitais em reais.
“A Ramp agora oferece uma opção de pagamento mais rápida, barata e conveniente para todos os residentes brasileiros que desejam comprar cripto, ao mesmo tempo que permite que seus parceiros acessem o mercado doméstico brasileiro e se beneficiem do método de pagamento mais utilizado no país”, disse a Ramp em comunicado ao The Block.
A Trexx, startup brasileira de jogos baseados em blockchain, conseguiu o primeiro lugar na competição de tecnologia financeira para web3 em Singapura, na categoria de bem público de impacto social do Ethereum, informou o Valor. Sob o comando de Heloisa Passos e elogiada pelo cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, a startup busca promover impacto social com games e auxiliar 50 milhões de pessoas nos próximos anos por meio de jogos e da facilitação de crédito para iniciativas na web3.
E em meio ao crescente interesse pelo mercado de criptoativos no Brasil, a Empiricus e a B3 vão oferecer um curso gratuito de investimentos em ativos digitais, de acordo com o Valor Investe. As aulas, com duração de 10 horas, abordam desde conceitos básicos até estratégias avançadas. A primeira turma do curso começa em 25 de setembro, e os interessados devem acessar este link para a inscrição na lista de espera.
Na área de regulação, influenciadores digitais no Brasil terão que revelar patrocínios a partir de novembro, segundo a Anbima, e a CVM explica em vídeo como funcionam os fan tokens.
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