Influencer é preso por roubar R$ 4 milhões em criptomoedas de idosos

Os acusados abusaram da relação de confiança que formaram com o casal de idosos para roubar suas criptomoedas
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Filippe Barreto Sims (Fotos: reprodução/redes sociais)

Filippe Barreto Sims ganhou popularidade na internet com vídeos em que ensinava como ganhar dinheiro fácil com inteligência artificial. Nos bastidores, no entanto, ele recorria a estratégias ilegais para enriquecer.

O influencer, que se apresenta como especialista em tecnologia e empreendedorismo e tem mais de 30 mil seguidores nas redes sociais, foi preso na última semana acusado de roubar quase R$ 4 milhões em criptomoedas de um casal de idosos de Campo Grande (MS). Jair do Lago Ferreira Júnior, identificado como principal comparsa de Barreto, também foi preso, noticiou o G1.

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As prisões aconteceram no âmbito da operação “Verbum Clavis” da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que cumpriu dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária nas cidades de Osasco (SP) e Curitiba (PR) na quinta-feira (29).

Os suspeitos conheceram as vítimas promovendo o serviço de assessoria de investimentos, com o qual iniciaram a relação de suposta amizade com o casal, revelou o delegado responsável pelo caso, João Paulo Sartori.

De acordo com nota oficial das autoridades, as investigações comprovaram que os acusados abusaram da relação de confiança que formaram com as vítimas para incentivá-las a darem acesso às palavras-chave de suas carteiras de criptomoedas.

Com as contas em mãos, a dupla deu o bote final e desviou cerca de R$ 3,6 milhões em criptomoedas para suas contas pessoais.

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Após a denúncia do casal, a Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestro (Garras/MS) acionou o Núcleo de Operações com Criptoativos do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab/MJSP) para auxiliar no rastreio das criptomoedas e identificação dos responsáveis.

“É exatamente nesse contexto que o Ciberlab desempenha um papel crucial, oferecendo apoio às polícias judiciárias estaduais na identificação dos criptoativos utilizados pelos criminosos como parte integrante das atividades ilícitas”, explicou o coordenador do Ciberlab, Alesandro Barreto.