A BLP Crypto, empresa do ramo de investimentos em criptomoedas, enviou a seus clientes nesta quarta-feira (09) um relatório descrevendo a exposição de seus fundos cripto ao token FTT, da corretora FTX, e como sua equipe lidou com as aplicações diante de um mercado turbulento nos últimos dias.
O FTT chegou a cair 80% na terça-feira após a FTX suspender os saques e a Binance afirmar publicamente que iria ajudar a corretora. As revelações derrubaram todo o mercado, inclusive o Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).
Segundo o comunicado da BLP aos clientes, ao qual o Portal do Bitcoin obteve acesso, a empresa afirmou que, apesar de não saber qual será o desfecho das negociações entre a FTX e a Binance, não foi afetada diretamente pelo colapso do token FTT. Por outro lado, a turbulência “impactou negativamente os preços de nossas principais posições em BTC e ETH e também algumas outras posições menores”.
A empresa destacou seu fundo ‘Genesis Block’ como exemplo de como lidou com a situação que pegou grande parte do mercado de surpresa, ressaltando que sua política “não permite alavancagens e aluguel de ativos para as contrapartes”.
Conforme descreve o texto, diante dos rumores negativos sobre a FTX, no último domingo (06), a empresa resolveu agir, já que havia 2,1% do fundo exposto ao FTT.
“Estávamos desconfortáveis com a posição de FTT, imediatamente sacamos 2/3 de nossa posição que estava em custódia fria da Coinbase Prime e transferimos para o Binance, vendemos os ativos na segunda, logo que estavam disponíveis e o preço estava ao redor de USD 22,50 e o outro terço vendemos depois”, explicou, acrescentando que “a posição de FTT custou 0,50% para o fundo”.
Os resultados dos outros fundos da empresa foram os seguintes: no fundo BLP Crypto 20, o impacto foi de 0,10%; no BLP Crypto 40, 0,20%; e no BLP Crypto 100, 0,50%.
Acerca da exposição em bitcoin na FTX, a BLP comunicou:
“Nós temos o equivalente a 0,1% do fundo em BTC na FTX. Sobre essa pequena posição, estamos trabalhando com o administrador do fundo como contabilizar essa posição”.
A nota foi assinada pelo sócio da gestora, Axel Blikstad, Alexandre Vasarhelyi e Glauco Bronz Cavalcanti.
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