“Faraó do Bitcoin” irá a júri popular por acusação de homicídio

Glaidson é acusado de encomendar o assassinato de Wesley Pessano, que criou uma concorrência para a GAS Consultoria na Região dos Lagos

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Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como Faraó do Bitcoin (Foto: Reprodução)

Glaidson Acácio dos Santos, líder da GAS Consultoria e conhecido como “Faraó do Bitcoin”, irá a júri popular com mais 11 pessoas pela acusação de homicídio contra Wesley Pessano, um um rival de negócios que atuava na Região dos Lagos.

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou um recurso feito pelo criador da pirâmide e outros seis réus no processo, conforme aponta reportagem do jornal O Globo

No dia 4 de agosto de 2021, o empresário Wesley Pessano foi assassinado em São Pedro da Aldeia (RJ) dentro de um carro em que também estava o sócio Adeilson Junior, outro alvo de tentativa de homicídio mas que conseguiu sobreviver ao atentado.

A vítima do homicídio atuava numa empresa chamada Ares Traiders, que, assim como a GAS Consultoria, representava um esquema de pirâmide financeira que atraia investidores com a promessa de pagar altos rendimentos com o trade de criptomoedas.

Como detalha a denúncia do Ministério Público, o fato de Pessano oferecer rendimentos maiores do a GAS Consultoria irritou Glaidson, que decidiu contratar os serviços de uma “milícia privada” para assassinar o concorrente.

Glaidson é acusado de ser o mandante do assassinato, com os irmãos Daniel e Felipe Aleixo Guimarães sendo os responsáveis pela tarefa de ir atrás dos pistoleiros.

A dupla teria contratado Ananias da Cruz Vieira para o serviço, que por sua vez contatou Fábio Natan, responsável por coordenar um grupo composto por Roberto Campanha, Luiz Cherfan Tavares, Bruno Luzardo Sabages, Chingler Lopes Lima, Thiago Gladino, Valder Janilson dos Santos e Edson da Costa Marinho.

Réu em outro caso

Em outro processo, Glaidson responde por tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva em março de 2021. Conforme aponta reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Nilson estaria espalhando pela cidade de Cabo Frio (RJ) que o dono da GAS seria preso e isso motivou a encomenda de seu assassinato.

O ataque ocorreu no dia 20 de março de 2021, quando um carro parou ao lado do veículo de Nilson durante o sinal fechado de um semáforo. Os quatro homens supostamente contratados pelo “Faraó” fizeram seis disparos. Nilson foi atingido e está cego e paraplégico por conta do atentado.