Executivo-chefe do Xbox diz que games NFT são mais “exploração que entretenimento”

Phil Spencer não descarta entrada da empresa no setor NFT, mas ressalta que não quer ter em sua loja games como os atuais
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Foto: Shutterstock

O chefe do departamento de games da Microsoft e da divisão do Xbox , Phil Spencer, disse que está cauteloso com o mercado de jogos NFT “play to earn” por sentir que alguns projetos atuais são mais “exploração que entretenimento”.

A declaração foi feita em entrevista ao portal Axios publicada na terça-feira (16).

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“O que eu diria hoje sobre NFT, no máximo, é que acho que há muita especulação e experimentação acontecendo, e que alguns dos projetos criativos que vejo hoje parecem ser mais sobre exploração do que sobre entretenimento”, disse o executivo.

A Microsoft é a criadora do Xbox e comanda o marketplace que envolve todos os jogos disponíveis para os donos do console. Em outubro de 2020 a empresa lançou o Xbox X/S e já vendeu oito milhões de unidades do videogame.

Apesar de sinalizar desconforto com o mercado como se apresenta hoje, Spencer não descarta a possibilidade de a Microsoft entrar na área.

“Não acho necessariamente que todos os jogos NFT tenham esse viés de exploração. Eu só acho que estamos no início dessa jornada e as pessoas descobrindo as coisas”, disse.

Mas o executivo parece ter uma linha clara: “Eu acho que qualquer coisa que olhemos na nossa loja e entendamos como algo baseado em exploração, nós tomaríamos uma medida. Não queremos esse tipo de conteúdo”.

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Distribuição restrita para NFT

No Twitter, o desenvolvedor de games e criador do site Game Data Crunch, Lars Doucet, analisou as declarações do executivo da Microsoft.

“A distribuição tradicional de games está cada vez mais restrita para jogos NFT. Se você não tem um browser e está apostando em coisas NFT, é melhor ter um plano”, disse.

Sobre o fenômeno Axie Infinity, o desenvolvedor ressaltou que o modelo tem sua sustentabilidade em questão: “Claro que as pessoas vão aparecer quando você pagar, mas elas vão ficar de outra forma?”.