ETFs de Bitcoin perdem US$ 1,2 bilhão na 2ª pior semana desde lançamento

Os ETFs de Bitcoin perderam mais de US$ 1 bilhão após a queda do mercado cripto, mas os compradores migraram para Ethereum, Solana e XRP

Moedas de bitcoin sob mesa escura com sigal ETF

Shutterstock

Os fundos negociados em Bolsa (ETFs) de Bitcoin tiveram sua segunda pior semana desde o lançamento, em janeiro de 2024, após registrarem uma saída líquida semanal de US$ 1,23 bilhão. A pior semana segue sendo a encerrada em 28 de fevereiro, que totalizou US$ 2,6 bilhões negativos.

De acordo com dados da SoSoValue, os ETFs de Bitcoin à vista registraram US$ 366,6 milhões em saídas líquidas somente na sexta-feira (17), o que pesou para a semana negativa, que, por sua vez, reverteu a entrada líquida registrada na semana anterior de US$ 2,7 bilhões.

“As saídas foram concentradas nos EUA, enquanto Alemanha, Suíça e Canadá registraram entradas, com os investidores comprando na baixa”, escreveu James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares em relatório divulgado nesta manhã.

Segundo o analista, as negociações de produtos negociados em bolsa permaneceram elevadas em US$ 51 bilhões na semana passada, quase o dobro da média semanal deste ano. Por outro lado, Butterfill observou que os compradores na baixa migraram para altcoins.

“Investidores de Ethereum compram na baixa”, escreveu ele, acrescentando que os fundos de Ethereum geraram US$ 205 milhões em entradas líquidas. O segmento também foi impulsionado pela empolgação com o lançamento das opções de Solana e XRP nos EUA, que começaram a ser negociadas na CME na semana passada. Produtos negociados em bolsa vinculados a SOL e XRP arrecadaram US$ 156 milhões e US$ 93,9 milhões, respectivamente.

Sobre o caos do mercado, iniciado no dia 10 de outubro com um evento que levou à liquidação de cerca de US$ 19 bilhões no mercado de criptomoedas, Butterfill acrescentou que essa queda dos preços não se refletiu com a mesma gravidade nos ETFs.

“As saídas líquidas após este evento agora totalizam US$ 668 milhões, sugerindo que os investidores no mundo dos ETPs ignoraram este evento”, disse ele, “enquanto os investidores on-chain estavam mais pessimistas”.

Outra explicação para a reação diferente também se dá pelo horário, já que o crash ocorreu numa sexta no fim do dia, depois que as bolsas já estavam fechadas, então quando os ETFs voltaram a ser negociados, na segunda, os investidores também já estavam mais “calmos” para operar.

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