Empresa listada na Nasdaq compra R$ 1,35 bilhão em bitcoin para se proteger da inflação

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A MicroStrategy, empresa americana de tecnologia listada na Nasdaq, anunciou nesta terça-feira (11) a compra de 21.454 bitcoins avaliados em US$ 250 milhões, (cerca de R$ 1,35 bilhão). Com o investimento alternativo a empresa se torna a primeira de capital aberto a comprar bitcoin como parte de sua estratégia de reserva de valor.

“Nosso investimento em Bitcoin é parte de nossa nova estratégia de alocação de capital, que visa maximizar o valor de longo prazo para nossos acionistas”, disse em comunicado o CEO Michael Saylor. Além disso, diz a nota, trata-se de uma proteção razoável contra a inflação.

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Segundo o diretor, o investimento reflete crença da empresa de que o Bitcoin, como a criptomoeda mais amplamente adotada no mundo. Para a instituição, o ativo é uma reserva confiável de valor.

“Um ativo de investimento atraente com maior potencial de valorização de longo prazo do que manter dinheiro”, acrescentou.

A empresa não revelou como adquiriu os bitcoins, se por meio de uma exchange ou mercado balcão (OTC). Mas ressaltou que a intenção de alocar parte do dinheiro institucional na criptomoeda foi revelada no fim do mês passado.

Investimento alternativo em bitcoins

De acordo com Saylor, a decisão de investir em Bitcoin foi impulsionada pelo atual cenário econômico que ele acredita que vai gerar mais risco  a longo prazo para os investimentos feitos em moeda fiduciária ou em ativos convencionais.

Ele citou inclusive a crise sanitária causada pelo Covid-19, as medidas sem precedentes de estímulo financeiro do governo e a incerteza política e econômica global.

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Ouro digital

Conforme descreveu Saylor, a equipe da MicroStrategy, que é líder no segmento business intelligence, não tem dúvidas de que o Bitcoin é o ouro digital. 

“É mais sólido, mais forte, mais rápido e mais inteligente do que qualquer outro dinheiro que o precedeu”, disse.

Ainda de acordo com o comunicado, a empresa acredita que o mundo está ficando cada vez mais virtual devido a rápida desmaterialização de produtos, serviços e avanços tecnológicos.

“Essa dinâmica faz com que muitas empresas repensem suas ofertas, operações e sistemas, bem como seus balanços e estratégias financeiras”, concluiu.