Empresa copia Investimento Bitcoin e propaga mesmo golpe de pirâmide financeira

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Foto: Shutterstock

O nome é diferente, mas o golpe é mesmo. Uma empresa chamada Investimento Forex copiou o site da pirâmide financeira Investimento Bitcoin e está propagando o golpe no mercado.

Com o mesmo design de página e promessas quase iguais, a Investimento Forex promete até 4% de retorno ao dia além de um claro esquema de pirâmide financeira onde você ganha comissão de até 20% por convidar pessoas.

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No site, consta um CNPJ da empresa Forex Internacional Ltda, criada em agosto de 2016. Ela tem como sócios Francisco Vargas de Lima, Helcio Correio da Silva e Daniel Poncem de Almeia.

Ao verificar o CNPJ no site da Receita Federal, ele já consta como baixado por liquidação voluntária, ou seja, não é mais válido por opção dos sócios.

Em uma busca pelo nome dos sócios, um deles já divulgou uma antiga pirâmide financeira com criptomoedas chamada Paymony, criada por Marcus França, um dos cabeças da Telexfree.

Não se sabe se as pessoas por trás do projeto são as mesmas do Investimento Bitcoin. Apesar da similaridade dos sites, é possível que eles não tenham relação pessoal e apenas copiaram a ideia, layout, textos — e o golpe.

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Investimento Bitcoin é investigada

A Investimento Bitcoin opera ilegalmente no Brasil e está há três meses retendo o dinheiro dos clientes. A empresa não tem autorização nem dispensa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar no país.

Conhecida nacionalmente após ter feito diversas propagandas na Rede TV, Record e SBT além de grandes portais de notícia, a Investimento Bitcoin agora oferece rendimentos diários de até 7% e bonifica clientes que convidam outros investidores, uma prática comum em esquemas ponzi.

Em setembro, a empresa passou a ser investigada pela CVM por práticas de pirâmide financeira. O Conar também se pronunciou e desaprovou a vinculação das propagandas em rede nacional.

A empresa foi fundada em agosto de 2016 com outro nome, W&T Intermediações de Negócios e Participações Ltda. No registro, constam como sócios Wendel Cardoso Cortenove e Eduardo Diego Fiurst Duvoizem.

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Em reportagem do UOL, Wendel afirmou que o dono da empresa seria Rui Costa e a sede ficaria em Portugal. Contudo, nada foi comprovado e o suposto dono jamais de pronunciou.