Elon Musk vai pagar US$ 33 bilhões do próprio bolso para comprar o Twitter

O bilionário aumentou sua participação em US$ 6,25 bilhões em relação à oferta original
Cédulas em torno de um smartphone

(Foto: Shutterstock)

Elon Musk, o bilionário CEO da fabricante de veículos elétricos Tesla, irá aumentar sua participação financeira particular em sua oferta de aquisição do Twitter para US$ 33,5 bilhões, de acordo com um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (ou SEC) e que data do dia 24 de maio.

O plano revisado apresenta mais US$ 6,25 bilhões de capital próprio para a compra em relação à oferta original. Assim, o financiamento com capital próprio do acordo chega a US$ 33,5 bilhões em comparação aos US$ 27,25 bilhões que Musk havia informado no início de maio. O resto dos US$ 44 bilhões necessários para complementar a compra virá de um grupo de investidores, que inclui a corretora Binance.

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De acordo com o documento, o diretor da Tesla também está conversando com “certos acionistas existentes” – incluindo o fundador e ex-CEO do Twitter Jack Dorsey – para ajudar a financiar o acordo e fazer com que a gigante rede social se torne uma empresa de sociedade privada.

O CEO da Tesla expressou seu comprometimento em completar o acordo — que, neste momento, está suspenso, pois Musk havia dito que não iria avançar com a aquisição até que o Twitter fornecesse mais informações sobre o número de robôs de spam e contas falsas na plataforma, em uma carta à parte a investidores que apoiam a aquisição.

As ações do Twitter dispararam 5,5% para US$ 39,22 no fechamento de mercado na quarta-feira (25), gerando um aumento de 3,9% durante a negociação regular.

A reunião de acionistas do Twitter

Enquanto isso, o Twitter realizou sua reunião de acionistas na quarta-feira. Conforme noticiado pelo Associated Press, o CEO Parag Agrawal disse durante a reunião, que os executivos não iriam responder nenhuma pergunta sobre a oferta de aquisição de Musk.

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Ainda assim, “acionistas que apresentaram propostas de votação frequentemente mencionavam seu nome”, segundo o artigo. Algumas dessas votações giravam em torno da liberdade de expressão e políticas de conteúdo — preocupações que Musk já havia destacado.

Em outras notícias, Dorsey, como era de se esperar, deixou o conselho de diretores do Twitter na quarta-feira. Dorsey, atualmente CEO da Block (anteriormente conhecida como Square), renunciou ao cargo de CEO do Twitter em novembro de 2021, mas continuou no conselho de diretores até a reunião de acionistas de 2022.

Os planos de Musk para adquirir o Twitter 

Elon Musk havia revelado seu interesse em comprar o Twitter e tornar a empresa privada em abril deste ano. Em 25 de abril, o conselho do Twitter aceitou a oferta de aquisição de US$ 44 bilhões do bilionário, em que a corretora Binance e diversos outros investidores fizeram aportes para apoiar a aquisição.

Parte dos planos de Musk para o Twitter incluem tornar aberto o código da plataforma de rede social, apresentar um botão de edição a tuítes e combater robôs de spam e contas falsas que promovem falsos sorteios de criptomoedas.

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Musk também sugeriu a ideia de acrescentar a popular criptomoeda de meme dogecoin (DOGE) como uma opção de pagamento para usuários do serviço de assinatura premium Twitter Blue e sugeriu que, caso avance com a aquisição, o Twitter pode se tornar um “superaplicativo”, similar ao WeChat da China, ao incorporar pagamentos.

Caso ele se torne dono do Twitter, tuitou, “seria voltado para 80% da população, então a extrema esquerda e a extrema direita provavelmente ficariam insatisfeitas”.

If I were to own Twitter, it would be geared towards the middle 80% of the population, so technically the far left and far right would probably be dissatisfied

— Elon Musk (@elonmusk) May 26, 2022

Porém, este mês, o acordo foi “temporariamente suspenso” após Musk afirmar que queria verificar relatos de que até 5% dos usuários do Twitter eram “contas de spam/falsas”.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.