El Salvador renova estratégia para incentivar a adoção do Bitcoin

Pessoa segura moeda de bitcoin à frente de bandeira de El Salvador

Foto: Shutterstock

El Salvador dobrou seu esforço para a adoção do Bitcoin nos últimos dias, cortejando empresas de criptomoedas e sendo anfitrião de nações curiosas por cripto.

Separamos tudo o que a nação amiga do Bitcoin tem feito recentemente, enquanto busca reforçar suas credenciais como pioneira do Bitcoin.

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Pool apoiado por Jack Dorsey abre loja

Ocean, um pool de mineração de Bitcoin apoiado pelo fundador da Block, Jack Dorsey, lançou um “centro global” em El Salvador. De acordo com um comunicado à imprensa, a recém-formada entidade Ocean Mining S.A. de C.V. da empresa terá sua sede na capital do país, San Salvador.

A empresa afirmou que seu novo hub a ajudará a continuar a descentralização da mineração de Bitcoin em todo o mundo, com seu cofundador e CTO, o desenvolvedor do Bitcoin Core, Luke Dashjr, acrescentando que o país está “na vanguarda da adoção do Bitcoin e da mineração de Bitcoin”.

O presidente da empresa, Mark Artymko, acrescentou que a posição política do país em relação ao Bitcoin estava em “forte contraste” com os países que haviam legislado para proibir a mineração de Bitcoin, incluindo a Venezuela e a UE.

Cathie Wood se reúne com o presidente

Nesta semana, a CEO da ARK Invest, Cathie Wood, também viajou para El Salvador para se reunir com o presidente pró-Bitcoin do país, Nayib Bukele. Wood e o economista Art Laffer discutiram os planos de Bukele de usar Bitcoin e AI para “turbinar suas reformas econômicas e educacionais”, disse ela em um post no X após a reunião.

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Ela acrescentou que a “determinação de Bukele em transformar El Salvador em um oásis para as comunidades de Bitcoin e AI” poderia ajudar a aumentar em dez vezes o PIB do país em relação ao seu nível atual de cerca de US$ 30 bilhões.

Colaboração com Argentina

Autoridades da Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV) da Argentina se reuniram nesta semana com a Comissão Nacional de Ativos Digitais (CNAD) de El Salvador para discutir a experiência do país com o uso do Bitcoin como moeda legal.

“El Salvador se estabeleceu como líder global não apenas no uso do Bitcoin, mas também no âmbito mais amplo dos ativos digitais”, disse Roberto E. Silva, presidente da CNV da Argentina, em um blog post. Ele acrescentou que o país pretende “fortalecer nossos laços” com El Salvador e está explorando “possíveis acordos de colaboração”.

El Salvador e o Bitcoin

A nação centro-americana ganhou as manchetes em 2021 quando se tornou o primeiro país do mundo a tornar o Bitcoin uma moeda legal.

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O presidente do país, Nayib Bukele, embarcou em uma onda de compras de Bitcoin, com o país revelando no início desta semana que suas participações agora totalizavam quase US$ 400 milhões a preços atuais.

A adoção do Bitcoin por El Salvador trouxe um fluxo de turistas cripto para a nação, com o país oferecendo um “visto de liberdade” para estrangeiros ricos que investiram US$ 1 milhão em Bitcoin ou Tether em seus cofres. Entre os habitantes locais, a adoção da criptomoeda tem sido menos entusiasmada, com apenas 1% das remessas de cidadãos que vivem fora do país feitas em cripto durante 2023.

O país também enfrentou críticas por sua adoção entusiástica do Bitcoin, com o Banco Mundial e o FMI alertando que isso ameaça a estabilidade financeira do país. No ano passado, vários senadores norte-americanos questionaram se a adoção do Bitcoin por El Salvador representava uma ameaça aos Estados Unidos, argumentando que isso ameaçava a capacidade do país de “combater efetivamente a lavagem de dinheiro e as finanças ilícitas”.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt