Dono de empresa proibida pela CVM some e dá calote na própria família

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(Foto: Shutterstock)

A HS Investimentos poderia ser apenas mais uma empresa proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de captar clientes no Brasil. No entanto, chama a atenção que seu responsável, Ronilson Novaes de Souza, simplesmente sumiu e deu calote nos investidores — que incluem integrantes da própria família.

A denúncia contra a empresa, sediada em Seabra (BA), partiu de Henrique Novais, que se apresentou como irmão de Ronilson, ainda em dezembro de 2019.

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“Meu irmão Ronilson Novaes de Souza (Rone), abriu uma “empresa” com o nome de HS INVESTIMENTOS, oferecendo promessas de juros que variavam entre 12% a 32% ao mês”, escreveu Novais em publicação no Facebook. Não há maiores detalhes sobre o tipo de valor ofertado.

Ainda de acordo com Novais, a própria família acabou se tornando vítima do esquema do irmão.

“Ele nos convenceu, eu, meu pai, minha mãe e minha irmã nos desfizemos de bens e investimento também, por até até então acreditarmos que se tratava de um empreendimento seguro”, comentou.

Sumiço e apelo

Quando a empresa de Ronilson parou de fazer os pagamentos, Novais relatou que o irmão passou a apresentar comportamento diferente —inclusive alegando problemas de saúde.

Em seguida, o sumiço completo do responsável pela HS Investimentos reforçou ainda mais as suspeitas de que a empresa teria quebrado.

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Ainda segundo Novais, com o desaparecimento de Ronilson, clientes da HS Investimentos passaram a cobrar a família. Um desses credores, inclusive, teria atirado com arma de fogo contra sua casa, revelou no post.

Novais encerra o relato na rede social com um apelo, dirigido a Ronilson:

“Pedimos a você meu irmão, que por amor a sua família e por nossa segurança, apresente-se, a fim de que possamos voltar a ter paz, é tudo que queremos”.

Alerta da CVM

De acordo com a CVM, a HS Investimentos dizia captar investimentos por meio da oferta pública de serviços de intermediação de valores mobiliários. Essa atividade é privativa de instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários — ou seja, demanda parecer da autarquia.

Em decisão publicada na última segunda-feira (06) no Diário Oficial da União, a CVM disse que Ronilson não tem autorização da autarquia para atuar como agente autônomo de investimentos — como, por exemplo, indicar investimentos através de prospecções financeiras.

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“A imediata suspensão da veiculação de qualquer oferta pública de serviços de intermediação de valores mobiliários, de forma direta ou indireta, inclusive por meio da utilização de páginas na internet, aplicativos ou redes sociais”, determinou, na decisão, o superintendente Francisco José Bastos Santos.

A autarquia determinou ainda a aplicação de multa no valor de R$ 1.000 ao dia em caso de descumprimento da decisão.


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