Diretor de “Vingadores” prevê filmes gerados por Inteligência Artificial dentro de dois anos

Segundo Joe Russo, o valor real da AI é “a democratização da narrativa” e a capacidade de fazer qualquer pessoa poder contar uma história
Diretor de 'Vingadores' prevê filmes gerados por AI dentro de dois anos

Diretor do Vingadores prevê usos intensos da Inteligência Artificial no cinema (Foto: Shutterstock)

Joe Russo, diretor do blockbuster “Avengers: Endgame”, da Marvel Studios, previu que levará apenas dois anos até vermos um filme gerado por Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) que seja convincente o suficiente para os espectadores.

Falando em um painel no Sands International Film Festival em St. Andrews, Escócia, nesta semana, Russo e o CCO da Epic Games, Donald Mustard, previram que um filme gerado por AI poderia chegar ainda mais cedo.

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Russo, que ocupa cargos nos conselhos de administração de “algumas empresas de AI”, disse que a tecnologia poderia ser aplicada “para projetar histórias e mudar histórias”, acrescentando que poderia ser usada para criar “uma história em constante evolução, seja em um jogo ou em um filme, ou em um programa de TV.”

O diretor deu o exemplo de um espectador se conectando a uma “ROM” (ou uma espécie de metaverso) gerada por AI estrelando seu próprio avatar fotorrealista ao lado de Marilyn Monroe. “Essa tecnologia renderizaria uma história muito realista com diálogos que imitam sua voz”, disse ele. “E de repente, agora você tem uma comédia romântica estrelada por você com 90 minutos de duração.”

Mustard acrescentou que “não estamos muito longe” de poder renderizar cenas fotorrealistas em tempo real. “Nós brincamos sobre estar em “Endgame”, mas haverá isso também”, disse ele. “Você poderia voltar e assistir a alguns de seus filmes favoritos ou coisas novas, e dizer: “Não, eu quero me ver na grande batalha em segundo plano”, disse ele.

“Me transforme no Doutor Estranho”, brincou Russo, antes de especular que ele poderia “pegar Humphrey Bogart e colocá-lo em um filme com George Clooney.”

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O valor real da AI, disse Russo, é “a democratização da narrativa”, observando que “qualquer pessoa nesta sala poderia contar uma história, ou fazer um jogo em escala, com a ajuda de um motor fotorreal ou de um motor e ferramentas de AI.”

Jogando pra valer

No mundo dos jogos, os dois criadores previram que a AI será usada para povoar o mundo de um videogame ou para “fazer uma curadoria da sua experiência”, gerando níveis personalizados e modos de jogo em tempo real.

“Digamos que você queira que o Fortnite seja mais um jogo de terror”, disse Russo. “Você poderia pedir à AI que aumentasse os elementos de terror dele.”

Mustard advertiu que, “eventualmente, sim, vamos chegar a esse ponto, mas acho que vai demorar um tempinho ainda e exigir uma curadoria extensa.” Mas, em última análise, disse ele, a AI é “como qualquer nova ferramenta ou qualquer nova tecnologia. Como artistas e artesãos, encontraremos maneiras de criar coisas novas e incríveis com ela. E é realmente apenas isso, é outra tecnologia interessante e legal.”

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.