Dificuldade de mineração de Ethereum chega ao nível mais alto da história

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Nunca foi tão difícil minerar Ethereum (ETH) como está sendo nesta primeira semana de 2022. De acordo com dados da Glassnode, a dificuldade de mineração da criptomoeda atingiu 12,699 terahash na terça-feira (4), o nível mais alto da história.

Esse número representa quantos hashes devem ser gerados para que o minerador consiga resolver os quebra-cabeças matemáticos e adicionar o próximo bloco na rede do Ethereum, ganhando no final as criptomoedas recém-criadas como recompensa.

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Dificuldade de mineração do Ethereum
Dificuldade de mineração do Ethereum (Fonte: Glassnode)

Os dados indicam que a dificuldade de mineração do ether mais do que dobrou em sete meses. Em junho de 2021, esse número não passava de 6,000 terahash. 

A dificuldade está crescendo à medida que mais poder computacional está sendo dedicado à blockchain, o que aumenta a competição entre os mineradores. 

No final de dezembro, o Ethereum atingiu pela primeira vez a marca de um petahash por segundo de potência computacional aplicada na rede. O petahash equivale a mil terahashes por segundo.

Embora no caso do bitcoin a força da rede seja medida em um patamar muito maior, em hexahash (equivalente a mil petahashes), o crescimento do Ethereum comprova que a sua rede está se tornando mais robusta.

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Segundo o Coin Warz, o hashrate do Ethereum continua na casa do petahash nesta quarta-feira (5), por volta de 1.03 PH/s. Esse número representa um crescimento de mais de 200% na força computacional da moeda desde janeiro do ano passado.

Corrida dos mineradores de ETH

A agitação na rede parece refletir a ambição dos mineradores de lucrar o máximo possível antes que o Ethereum abandone o mecanismo de consenso de prova de trabalho (PoW) e adote a prova de participação (PoS) com a chegada do Ethereum 2.0.

A expectativa é que a nova versão da criptomoeda seja ativada na rede principal na primeira metade deste ano, colocando um fim na mineração tradicional de ether.

Embora o lucro dos mineradores de Ethereum não esteja batendo recorde como a dificuldade de mineração, a receita continua alta.

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Ao longo de dezembro, esses profissionais faturaram cerca de US$ 1,9 bilhão, segundo dados do The Block. O lucro ainda é menor ao topo histórico de maio, mês em que os mineradores ganharam US$ 2,4 bilhões.

Receita mensal dos mineradores de Ethereum
Receita mensal dos mineradores de Ethereum (Fonte: The Block)

A receita desse grupo agora é praticamente toda formada por recompensas de blocos adicionados à rede, já que desde o hard fork London, os mineradores deixaram de receber o ether usado para pagar as taxas.

Embora maio tenha gerado o maior lucro aos mineradores, as taxas tiveram o maior peso na receita final. No mês do recorde, a recompensa vinda pelo novo ether gerado por bloco foi de US$ 1,3 bilhão contra US$ 1,7 bilhão em novembro. Mesmo assim, novembro não foi capaz de bater o topo histórico.

Atualmente, os usuários podem pagar uma taxa extra para que o minerador priorize sua transação, mas esse fonte tem pouco impacto na receita total.

Se em fevereiro de 2021 as taxas representavam 52% de toda lucro dos mineradores, agora em janeiro de 2022 essa porcentagem não passa de 7%.

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