Corretora de criptomoedas que opera no Brasil limita saques de usuários sem identificação

Usuários que não passaram pelo processo KYC só vão conseguir sacar até 20 mil USDT por dia, com um limite mensal de 100 mil USDT.
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A corretora de criptomoedas Bybit, baseada em Singapura mas que também oferece serviços no Brasil, anunciou nesta sexta-feira (09) que vai restringir os saques de usuários sem identificação na plataforma.

Conforme o comunicado oficial da empresa, a partir do dia 20 de dezembro, os usuários que não passaram pelo devido processo de identificação (conhecido como KYC) só vão conseguir sacar até 20 mil USDT por dia, com um limite mensal de 100 mil USDT.

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Para os usuários com níveis 1 e 2 de identificação os limites são bem maiores: 1 milhão e 2 milhões de USDT por dia respectivamente — sem restrições mensais.

A política anterior era mais generosa para os não identificados: permitia saques diários de até 2 bitcoins. Níveis 1 e 2 de clientes com KYC, podiam sacar respectivamente 50 e 100 bitcoins por dia.

A Bybit afirmou que a mudança oferece mais segurança e compliance para os usuário e que previne atividades ilegais.

Conforme a empresa medida vai afetar sobretudo os serviços listados abaixo:

  • Comprar cripto: incluindo compra com um clique, depósito Fiat e negociação P2P. Isso entrará em vigor a partir de 15 de dezembro de 2022.
  • NFT: para todas as compras de NFT, venda de NFT acima de $10.000 por venda no mercado secundário de NFT, entrará em vigor a partir de 15 de dezembro de 2022.
  • Para depósito, retirada e compra de NFT no mercado primário, entrará em vigor a partir de 30 de dezembro de 2022.
  • Recompensas: Reivindique suas recompensas na Central de Prêmios. Isso entrará em vigor a partir de 15 de dezembro de 2022.

Na parte final do comunicado, a corretora também afirma que novas políticas de expansão dos requisitos de KYC podem ser adotadas no futuro.

Na semana passada, a corretora fez a segunda leva de demissões no ano — sendo primeira em junho. Em ambos os casos, o número de pessoas demitidas não foi divulgada, mas calcula-se que nas duas ocasiões os cortes atingiram 30% da empresa.