Corretora ByBit limita operações com derivativos no Brasil após alerta da CVM; demais serviços continuam

Assim como a Binance, a exchange de Singapura foi alertada pela CVM sobre oferta de valores mobiliários sem os devidos registros no órgão
Celular com logo da bybit

Shutterstock

A corretora de criptomoedas ByBit, que tem sede em Singapura, mas atua em vários países, como o Brasil, emitiu uma nota nesta quarta-feira (14) com sua posição acerca da recente decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início deste mês, que determinou “imediata suspensão de ofertas públicas”. A empresa afirma que limitou as operações de derivativos para brasileiros, mas que continua a operar seus outros produtos normalmente no país.

No dia 5 de setembro, a CVM declarou que a empresa de criptomoedas não detinha autorização para atuar como corretora de valores mobiliários e captar clientes no Brasil. A instituição alertou para uma multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Em resposta, a ByBit disse que tomaria medidas para garantir as demandas do regulador “sobre as nossas ofertas de negociação de derivativos”.

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Na nota desta quarta, intitulada “Bybit continua suas operações de trading no Brasil”, a empresa afirmou que “a fim de atender à recente orientação emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estamos engajados de forma proativa em diálogos com todas as partes interessadas e a discussão tem sido produtiva. Por esta razão, estamos limitando a negociação de derivativos a partir desse momento”.

Ben Zhou, CEO e fundador da empresa, também se posicionou. Ele ressaltou que a ByBit está comprometida com a construção de seus negócios no mercado brasileiro e que pretende continuar no mercado no longo prazo, trabalhando em conjunto com os devidos órgãos reguladores.

“Continuamos trabalhando para oferecer o mais alto padrão de qualidade ao fornecer uma experiência segura e confiável para nossos usuários e carregamos o compromisso de ser uma parte integrante e responsável pelo ecossistema das criptomoedas, avançando nas adequações às normas e regulamentos”, concluiu.

Binance também foi alvo da CVM

Há cerca de dois anos, a CVM proibiu a plataforma de derivativos da Binance, que oferecia contratos futuros em criptomoedas, de captar clientes no Brasil para investimentos. Na época, a função de exchange de criptoativos não foi mencionada na notificação.

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Embora a Binance nunca tenha obtido autorização para oferecer derivativos ao público brasileiro, essas negociações continuavam disponíveis no Brasil — bastava o usuário alterar o idioma dentro da plataforma para inglês ou português de Portugal para ter acesso ao serviço.

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