Com centenas de processos nas costas e com dinheiro preso dos clientes há meses, o grupo Bitcoin Banco lançou nesta terça-feira (20) novo produto que ninguém esperava: um site de notícias.
O Breakchain entrou no ar mesmo dia em que Polícia Militar entrou na sede da empresa para cumprir um mandado de busca e apreensão.
O site foi colocado no ar com quatro notícias, todas assinadas por “redação”. Nenhuma sobre a atual crise que se encontra o Bitcoin Banco.
Conforme o Registro BR, o domínio foi registrado por Ibraim Antonio Neto, diretor de tecnologia do Bitcoin Banco, no dia 14 de agosto de 2019 e expira, caso não seja renovado, na mesma data em 2020.
O texto principal dá boas-vindas ao leitor. O Breakchain, diz o texto, é “um portal de notícias, pertencente ao Grupo Bitcoin Banco, direcionado ao mercado das criptomoedas e a todos os nossos clientes e leitores”.
Para além de um canal de comunicação, o portal de notícias promete contribuir com as novas estratégias de negócio e reposicionamento da marca. Além disso, terá uma equipe especializada em “comunicação jornalística” para publicar “os melhores conteúdos referentes ao universo das criptomoedas”.
Não há, por enquanto, nenhuma informação sobre os jornalistas que vão atuar no projeto.
O texto mantém um tom de apresentação: “Nosso compromisso é transmitir informações sérias, verdadeiras e seguras, oferecendo aos leitores a certeza de uma fonte de matérias relevantes”.
E prossegue: “A partir de agora, investidores e entusiastas passam a contar com um canal rápido e confiável de informação sobre o mercado cripto e todas as novidades desse segmento”.
Crise do Bitcoin Banco
Desde o dia 17 de maio que o Bitcoin Banco vem segurando os saques de clientes. A empresa afirmou que a crise ocorreu devido a uma invasão hacker, que gerou R$ 50 milhões de prejuízo.
A Polícia Militar de Curitiba entrou na sede do grupo Bitcoin Banco onde cumpriu um mandado de busca e apreensão. Conforme testemunhas, a polícia chegou ao local por volta das 10h desta terça-feira (20).
O mandado é referente ao processo de dois clientes que juntos possuem um saldo superior a R$ 1,4 milhão travado nas corretoras do Bitcoin Banco.
O juiz determinou que fosse realizada a busca e apreensão das criptomoedas no referido montante e transferido para a carteira virtual que os clientes possuem junto à exchange FlowBTC.