Com inverno cripto, ouro tem retorno 40% maior do que Bitcoin no ano

No acumulado dos últimos quatro anos, no entanto, Bitcoin tem uma performance 534% melhor que aquela do metal precioso
Imagem da matéria: Com inverno cripto, ouro tem retorno 40% maior do que Bitcoin no ano

Foto: Shutterstock

O investimento em ouro teve um retorno sobre o investimento (ROI) 40% maior do que o mesmo aporte em feito Bitcoin, no acumulado de dos últimos 12 meses. O levantamento foi feito pela plataforma Finbold e traz mais elementos para o debate de qual ativo será o mais importante no futuro de médio e longo prazo.

Também no período de 12 meses, a recente desvalorização das criptomoedas fez com que o bitcoin perdesse desempenho frente a outros metais. No período, o ROI da prata foi 35% melhor; a platina teve um desempenho ainda melhor, superando o BTC por 39%.

Publicidade

Porém, se a análise é feita olhando um período maior, a história muda de figura: no acumulado dos últimos quatro anos, o ROI do Bitcoin foi 534% maior em comparação com o ouro. Também ganhou da prata por uma larga margem (598% superior) e também da platina (811%).

O Bitcoin começou o ano cotado em US$ 47.816 e nesta quinta-feira (7) é vendido a US$ 20.994, uma desvalorização de 56%.

Mesmo assim, o levantamento da Finbold mostra o ROI do Bitcoin foi melhor do que o de ações de gigantes das bolsas de valores como PayPal, Netflix, Snap e Shopify.

Reserva contra inflação

Ouro e Bitcoin têm sido muuto comparados por serem escassos e, acreditam alguns analistas, ativos adequados para servirem como proteção contra a inflação.

Publicidade

No início desse ano, o Goldman Sachs estimou que o Bitcoin poderá continuar tomando uma parte do mercado do ouro como ativo de reserva de valor e assim chegar em US$ 100 mil a unidade.

Conforme reportagem da Bloomberg, o banco estimava que o valor de mercado do BTC estava em US$ 700 bilhões; isso já correspondia a 20% do mercado de “reservas de valor” (ativos nos quais as pessoas têm confiança de que irão valorizar ao longo do tempo).

Zach Pandl, head de foreign exchange do banco, afirmou em uma análise que se o Bitcoin, em cinco anos, subir sua fatia para ser 50% dos ativos de reserva de valor, então seu preço deve bater no histórico e aguardado nível de US$ 100 mil.

O executivo ainda disse que apesar de a criação de bitcoin consumir muita energia, a demanda pela criptomoeda não irá diminuir.