A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos EUA, se tornou a primeira empresa focada em cripto a ser incluída na lista Fortune 500, compilada anualmente pela revista com base no faturamento das companhias dos EUA.
A corretora registrou uma receita de US$ 7,8 bilhões no ano fiscal de 2021, estando classificada em 437º lugar na lista que foi divulgada na segunda-feira (23).
Porém, quando é filtrada por crescimento de receita, a Coinbase, com quase 514%, perde apenas para a farmacêutica Moderna (com quase 2.200%) entre as 500 principais empresas. Grande parte da receita da Coinbase é proveniente de taxas de negociação.
Tanto a Coinbase como a Moderna estão entre as empresas que “prosperaram em meio às absurdas circunstâncias da covid”, afirma Alyson Shontell, editora-chefe da Fortune.
A Coinbase também capitalizou a crescente popularidade das criptomoedas. Antes de a capitalização total do mercado de criptomoedas atingir mais de US$ 3 bilhões em novembro, a Coinbase apareceu em todos os lugares — desde a Liga Nacional de Basquete dos EUA (ou NBA, na sigla em inglês) ao mundo dos e-sports à plataforma principal de investimento em criptoativos.
Após a bonança
No entanto, neste momento, após a crise gerada pelo colapso do projeto Terra, o bitcoin (BTC) registra seu preço mais baixo desde que a ação da Coinbase (COIN) foi listada em bolsa em abril de 2021 — e a empresa está sentindo esse impacto.
Suas ações caíram 80% desde a alta recorde em novembro enquanto a receita do primeiro trimestre de 2022 foi menos da metade da quantia informada no quarto trimestre de 2021. Usuários mensais ativos também caíram em mais de dois milhões durante esse período.
Mas resultados decepcionantes no primeiro trimestre não são exclusivos à Coinbase. Durante o primeiro trimestre, a receita pela aquisição de bitcoins na Block também caiu 51% no ano e cerca de US$ 200 milhões em relação ao trimestre anterior.
Porém, a Coinbase não parece estar preocupada. A empresa até fixou um tuíte publicado na última quarta-feira (18) para zombar daqueles que consideram a indústria cripto como “morta”.
“A volatilidade é dolorosa e pode ser assustadora”, afirmou Kate Rouche, diretora-chefe de marketing na Coinbase, em uma publicação recente. “Dito isso, a volatilidade também é natural para emergentes avanços tecnológicos, como cripto.”
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.