A azeitada máquina de marketing do Nubank parece ter engasgado com a crise do coronavírus. O banco supostamente humanizado vem sendo cobrado a tomar alguma posição pelos clientes nas redes sociais, mas não esboçou nenhuma resposta.
O que provoca estranheza é que maior fintech do país costuma ter sempre uma comunicação efetiva capaz de transformar os assuntos do momento em ações de marketing. Contudo, apesar das cobranças, a empresa permanece em silêncio.
O problema é tão grave que a fintech mais famosa do país pela primeira vez vem sendo comparada — negativamente — aos grandes bancos, que já comunicaram aos clientes algumas mudanças.
Em todas as redes sociais do Nubank, os clientes vêm pedindo ajuda ou pelo menos para que a empresa se posicione. Nos últimos posts da empresa no Facebook, Instagram e Linkedin são centenas de pedidos por pelo menos uma resposta — o que não é feito.
A pressão é tamanha que o Nubank não atualiza o Facebook desde o dia 13 de março. Antes é possível ver que no máximo a cada três dias a empresa fazia alguma postagem.
Um dos comentários com mais likes é o de Bruno Barcellos, que busca mostrar as contradições da fintech em um momento de crise:
“Nubank sempre se posicionou como um banco mais humanizado, porém foi o único que até o momento não tomou um tom de comunicação condizente… Os grandes bancos já se pronunciaram no intuito de ajudar a economia.. claramente isso ficará marcado na história do Nubank no maior momento de crise da humanidade o dito banco mais “humano” não tomou nenhuma atitude para minimizar perdas… Lamentável”
Outro, de Glaucia Carvalho, diz: “Como ficara o pagamento das faturas pro proximo mês Nessa atual situação do brasil com essa pandemia @nubank sou automoma queria uma posição de vcs com seus clientes”.
São muitas dúvidas parecidas que se repetem constantemente sem obter nenhum tipo de resposta.
Apenas pelo Twitter, onde não há nenhuma nova postagem desde o dia 10 de março, existe algum tipo de resposta. A equipe pede aos clientes que enviem mensagens pelo chat do aplicativo, liguem para número o 0800 591 2117 ou mandem uma DM (direct message) para o perfil do Twitter.
É nessa rede social que está o único tipo de comunicado esboçado pela empresa escrito e dia 21 de março diante de um pedido de uma cliente:
A assessoria de imprensa não respondeu às questões do Portal do Bitcoin até a publicação desta reportagem.
No blog do Nubank
Apesar da falta de medidas concretas, desde o último dia 16, a boa parte dos posts publicados no blog do Nubank têm alguma relação, direta ou indireta, com o atual momento global.
Em 19 de março, o blog alertou sobre como o coronavírus tem sido usado como pretexto para uma série de golpes na internet.
“Em tempos de coronavírus, os criminosos sabem que as pessoas estão ávidas por informações – e, portanto, mais propensas a clicar em algo malicioso e ter o telefone ou computador atacados (ou serem convencido a entregar seus dados)”, diz o texto.
Essa modalidade de fraude é conhecida como “phishing” – uma alusão a “pescar”, já que os golpes funcionam como “isca” para tentar pegar dados pessoais dos internautas mais descuidados.
Em post do dia 20 de março, a fintech mostrou como o celular e o computador são bons aliados na hora de fazer compras e operações bancárias sem sair de casa.
O Nubank instrui os clientes sobre o cartão de crédito virtual, pagamento de boletos e recarga de celulares. De quebra, lembra que todas essas operações podem ser feitas por meio da conta na própria fintech.
*Colaborou Rodrigo Borges Delfim
- Leia também: Quais as mudanças do Bradesco, Banco do Brasil, Itaú, Caixa Econômica e Santander durante a crise
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