Massena, uma cidade fronteiriça no norte do estado de Nova York, planeja impor uma moratória de 90 dias às fazendas de mineração de criptomoedas enquanto descobre como regulamentá-las, relatou a WWNY-TV.
Mas não é porque os mineradores sugam a eletricidade barata de Massena ou poluem o meio ambiente. Os 12 mil habitantes do local, que fica perto da fronteira canadense, estão preocupados porque o número crescente de mineradores que se instalaram por lá é uma ‘monstruosidade’.
O supervisor da cidade, Steve O ’Shaugnessy, disse à WWNY-TV o seguinte: “Não queremos que Massena seja… entulhada com esses trailers que estão bombeando Bitcoin. Só queremos ter certeza de que se eles vierem aqui, que seja em um prédio apresentável”.
A Massena Electric, empresa de serviços públicos do local, está negociando com três mineradoras e impôs uma moratória a todas as outras empresas do segmento.
Uma das operações de mineração, o Petawatt Group, comprou um terreno com 566 metros quadrados há dois anos. Além da mineração, a empresa planeja usar parte de seu espaço para cultivar proteínas vegetais para substituir a carne, o que criaria mais empregos, disse o cofundador Jason Rappaport.
Mineradores em todo os Estados Unidos preencheram parte do vazio deixado pela China, que aumentou a repressão contra a atividade.
A última onda de repressão em curso no país começou em maio, mas dados do Índice de Consumo de Eletricidade Bitcoin da Universidade de Cambridge mostram que a participação da China no hashrate da rede Bitcoin já havia caído de 75% em setembro de 2019 para 46% em abril deste ano.
No mesmo período, a popularidade dos EUA cresceu entre os mineradores. A participação do país no hashrate do BTC aumentou mais de quatro vezes, de 4,1% para 16,8%, para se tornar o segundo maior centro de mineração da criptomoeda mundo.
*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co