O Bitcoin pode chegar a US$ 150 mil antes do final do ano, seguido por outra baixa em 2026, de acordo com Steven McClurg, CEO da Canary Capital. Mas ele não está convencido de que a recente alta do Ethereum continuará.
A previsão do BTC surge em um momento em que os mercados de criptomoedas flertam com máximas históricas e investidores institucionais se amontoam em fundos negociados em bolsa (ETFs). O Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica de US$ 124.128 na quarta-feira (13).
“Há mais de 50% de chance de o Bitcoin atingir a faixa de US$ 140.000 a US$ 150.000 este ano, antes de vermos outra baixa no próximo ano”, disse McClurg em entrevista à CNBC na sexta-feira (15).
McClurg atribuiu a alta à crescente demanda por ETFs e à expansão da base de compradores institucionais, incluindo fundos soberanos, pensões e tesourarias corporativas.
“Esses fluxos estão criando um preço mais alto para o Bitcoin”, disse ele.
A previsão surge no momento em que a Canary Capital entrou com pedidos de ETFs vinculados a diversas altcoins, incluindo XRP, Sui, Cronos (CRO), Hedera (HBAR) e a memecoin oficial do presidente Trump, na Solana.
A empresa não entrou com um pedido de ETF relacionado ao Ethereum, que McClurg criticou como uma rede obsoleta — embora o ETH tenha sido o que mais subiu nas últimas semanas entre as principais criptomoedas, aproximando-se de uma máxima histórica na quinta-feira (14) antes de perder força junto com o mercado em geral.
“Não sou um grande fã do Ethereum, apenas porque é uma tecnologia mais antiga”, disse ele. “Existem muitos outros protocolos que são mais rápidos, mais baratos para transações e fundamentalmente mais seguros.”
McClurg creditou o Ethereum por “um ótimo desempenho em um período de cerca de cinco anos”, mas disse que blockchains mais recentes, como Solana e Sui, o eclipsaram. “Espero que ele desapareça e não atinja máximas históricas”, acrescentou.
Um analista com quem o Decrypt conversou questionou o ceticismo de McClurg em relação ao Ethereum.
“Será extremamente difícil competir com o Ethereum, apesar do que alguns chamam de ‘tecnologia mais antiga’, porque o Ethereum domina o ecossistema de desenvolvedores”, disse Greg Magadini, Diretor de Derivativos da Amberdata, ao Decrypt. “É como a plataforma do iPhone, que permite que os desenvolvedores criem aplicativos diretamente em sua infraestrutura. Esses efeitos de rede só se agravam com o tempo.”
Magadini prevê que o Ethereum alcançará o Bitcoin em termos relativos, com o par ETH/BTC atingindo 7% — o que implica um preço do ETH entre US$ 8.000 e US$ 10.000.
Apesar disso, Magadini concordou que o Bitcoin pode ultrapassar US$ 150.000 em 2025, impulsionado pela proteção contra a inflação e pelo apetite dos investidores por risco.
“Dada a combinação de uma recuperação do mercado de ações e a pressão política sobre o Fed para cortar as taxas enquanto a inflação permanece alta, temos o contexto perfeito para preços mais altos do Bitcoin”, disse ele. “O Bitcoin se move como uma mistura de ouro digital e um ativo de risco — e, neste momento, ambos os sentimentos estão contribuindo para a alta dos preços.”
McClurg, da Canary, também sugeriu a ideia de um retorno da Litecoin, comparando-o à “prata” ao lado do “ouro” do Bitcoin. A empresa também entrou com um pedido na SEC para lançar um ETF de Litecoin à vista.
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“A Litecoin tem a capacidade de processar Ordinais muito mais rápido”, disse McClurg, referindo-se à arte digital e à inscrição de dados que, segundo os críticos, têm sobrecarregado a rede Bitcoin (embora menos ultimamente). “Portanto, espero que o Litecoin retorne em grande escala e seja usado para transações menores.”
McClurg observou ainda que a sazonalidade das criptomoedas pode aumentar a volatilidade nos próximos meses.
“Agosto é historicamente um mês ruim para qualquer ativo de risco, especialmente criptomoedas”, disse ele. “Setembro e outubro costumam ser muito fortes.”
A Canary Capital não respondeu imediatamente ao pedido de comentário do Decrypt.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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