Bolsa de Chicago supera Binance e se torna a maior do mundo em futuros de Bitcoin

Contratos em aberto de Bitcoin estão em US$ 4,17 bilhões na CME, enquanto a Binance tem US$ 3,9 bilhões
trader segura moeda de bitcoin em frente a grafico em computador

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A Bolsa de Chicago (Chicago Mercantile Exchange, ou CME) superou a Binance e se tornou a maior bolsa de futuros de Bitcoin (BTC) do mundo, o que não ocorria há pelo menos dois anos.

Segundo dados da CoinGlass, o número de contratos em aberto chegou a US$ 4,17 bilhões na CME, representando uma participação de 24,9% de todo o mercado futuro de bitcoin. A Binance, por sua vez, tem US$ 3,9 bilhões.

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A CME é considerada uma das maiores bolsas de commodities do mundo, com sua operação focada principalmente em derivativos, como futuros e opções. Recentemente, com o aumento do interesse institucional em criptomoedas, ela também ganhou muito espaço com futuros de Bitcoin e Ether (ETH).

Com a cada vez mais próxima aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista, investidores institucionais têm se movimentado para o mercado cripto e, segundo especialistas, o fato de ser uma bolsa totalmente regulada traz mais atratividade para a CME.

Principais exchanges por contratos em aberto de futuros de Bitcoin (CoinGlass)

“À medida que os participantes do mercado buscam locais regulamentados e produtos altamente líquidos para se proteger da volatilidade do mercado e gerenciar a exposição aos preços, continuamos a ver um aumento do interesse institucional em nosso conjunto de criptomoedas”, disse Tim McCourt, chefe global de produtos financeiros e OTC do CME Group ao CoinDesk. “Os participantes do mercado veem o CME Group como uma fonte valiosa para gestão de risco”.

Apesar da movimentação, James Seyffart, analista de pesquisa da Bloomberg Intelligence especializado em ETFs, questionou se o crescente interesse em futuros de Bitcoin na CME resolveria as preocupações da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em relação ao potencial de mercado manipulação, que tem sido sua principal justificativa para negar um produto desse de Bitcoin à vista.

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Na semana passada, o Bitcoin subiu para uma máxima de 18 meses, encostando no nível de US$ 38 mil, antes de voltar levemente para o patamar de US$ 36 mil.

O mercado está na expectativa de que a SEC finalmente aprove um ou mais ETFs de Bitcoin nas próximas semanas, com alguns analistas mais otimistas acreditando que isso pode acontecer ainda este ano. No momento que isso ocorrer, espera-se que o preço da criptomoeda tenha uma forte valorização, que deve se sustentar e até avançar mais ao longo dos meses seguintes conforme os investidores institucionais vão entrando no mercado.