Blockchain WAX irá distribuir 10 milhões de NFTs gratuitamente

Com uma variedade de marcas sendo integradas e nascentes jogos play-to-earn, WAX irá distribuir NFTs gratuitamente para celebrar seu crescimento
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Foto: Shutterstock

Em meio à febre do mercado de tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês) em 2021, a Worldwide Asset eXchange (ou WAX) não estava envolvido no hype.

A Ethereum possui as vendas multimilionárias que viraram manchete e grande parte do volume negociado, enquanto Solana e Flow tiveram grandes e respectivos sucessos no setor.

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Mas mesmo com toda essa febre, WAX teve modestas, porém notáveis estatísticas.

Possui o maior volume transacional de contratos autônomos do que qualquer outro blockchain atualmente, conforme o DappRadar registra cerca de 18 milhões de transações diárias, enquanto grandes marcas, como Funko, Mattel, AMC e Sony Pictures realizaram distribuições de NFTs na plataforma.

Recentemente, WAX também ultrapassou o marco de 10 milhões de contas de carteiras na plataforma (agora, 11 milhões) e irá celebrá-lo ao distribuir gratuitamente (ou “airdrop”) um total de dez milhões de colecionáveis NFT para essas carteiras.

É a maior distribuição única de NFTs até hoje e será completamente gratuita para os primeiros dez milhões de holders da carteira WAX.

Os NFTs gratuitos variam entre dez alfinetes digitais diferentes, que marcam um momento distinto na história do WAX.

Desde o lançamento da rede principal em 2019 à sua certificação de neutralidade em carbono e, até mesmo, sua parceria recente com a AMC e a Sony Pictures para lançar NFTs de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, os dez milhões de NFTs evidenciam coletivamente o crescimento da plataforma até este momento.

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William Quigley, CEO e cofundador da WAX, contou ao Decrypt que o blockchain queria assinalar o marco da carteira com uma distribuição em grande escala que, segundo ele, seria impossível em outras grandes plataformas.

Embora represente a própria história do WAX, ele também quer que a distribuição mostre às marcas que podem executar projetos com milhões de NFTs usando a plataforma.

“Grande parte das pessoas que estão familiarizadas com NFTs entendem que NFTs da Ethereum são lentos e muito caros de emitir”, disse.

“Então pensamos: Bem, ninguém nunca tentou fazer isso com dez milhões de NFTs. Talvez fizemos 2,5 milhões com os cards de baseball Topps MLB, mas mesmo isso destronou bastante qualquer coisa que outras pessoas em outros blockchains já fizeram.”

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Quigley disse que WAX tinha cerca de 500 mil usuários registrados no fim de 2020, então a marca de dez milhões representa um aumento de vinte vezes de usuários ao longo de apenas um ano.

O amplo mercado NFT cresceu drasticamente em 2021, disparando de US$ 100 milhões em volume negociado em 2020 para US$ 23 bilhões em 2021, segundo dados do DappRadar.

Emitir dez milhões de NFTs na rede principal da Ethereum seria absurdamente caro, sugeriu, acrescentando que “o blockchain teria entrado em colapso” por conta de sua limitada taxa de processamento de transações.

Ele também criticou outros blockchains adversários por seus desafios – Solana enfrentou uma paralisação em setembro enquanto a solução de escalabilidade Polygon passou por um crescimento nas taxas por conta de um agora suspenso jogo play-to-earn chamado Sunflower Farmers.

NFT do WAX (Imagem: WAX)

WAX possui diversos jogos play-to-earn e outras aplicações na lista do DappRadar de aplicações descentralizadas (ou dapps) mais populares por contagem de usuários.

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Quigley disse que, embora a crescente demanda possa testar o WAX, a plataforma blockchain continuou on-line e funcional.

“Embora, às vezes, seja muito difícil gerenciá-lo, conseguimos. WAX não caiu”, disse.

“Existem blockchains, como Solana e Polygon, onde todo o seu motivo de existência é que possam escalar. E [Polygon] não conseguiu lidar com um jogo play-to-earn popular. Um só. E estamos lidando com dezenas.”

Os futuros planos do WAX

A crescente reputação do WAX como um destino para marcas (contando com Reebok, Mattel, Capcom e Atari em sua lista) é, em parte, devido às capacidades de escalabilidade e baixas taxas da plataforma, disse Quigley.

Mas também é por conta da experiência da equipe no trabalho com marcas, incluindo a própria experiência de Quigley como diretor financeiro da unidade de licenciamento da Disney.

“Quando falamos com marcas sobre a gestão de sua propriedade intelectual, falamos no idioma delas”, disse. “Podemos proteger suas marcas e muitas coisas se resumem em confiança.”

No futuro, ele prevê um crescente interesse no formato de NFTs “Virtual em Real Life” (vIRL ou “Virtual na Vida Real”, na sigla em inglês) do WAX.

Basicamente, é um gêmeo digital dos NFTs que pode ser trocado por uma versão física do produto e marcas, como Funko e Mattel, já utilizaram a tecnologia em seus projetos.

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Quigley afirma que vIRL é ideal para produtos sob demanda, como tênis e moda urbana que geralmente passam por revendedores, além de economizar parte dos custos e aliviar o impacto ambiental de enviar produtos entre diversas partes antes de finalmente chegarem ao usuário final.

Ele também espera que haja mais atividade de jogos cripto no WAX, principalmente conforme o gênero play-to-earn evolui e se expande para experiências de jogabilidade mais ricas e atrativas.

Ele entende por que grandes publicadoras enfrentaram críticas sobre lançamentos de itens NFT em jogos e sugere que tais itens ainda não trouxeram uma utilidade significativa a jogos.

“Muitos jogadores não gostam de NFTs, pois os consideram como oportunidades para ganhar dinheiro”, disse. “Eu não diria que isso está muito longe quando o assunto são grandes títulos [de videogames].”

No futuro, ele acredita que não serão as grandes e tradicionais publicadoras de videogames que irão prevalecer no setor play-to-earn.

Em vez disso, serão criadores independentes que desenvolvem jogos com NFTs em seu cerne e consideram o que torna a tecnologia benéfica a jogadores e experiências.

Em relação a jogos móveis e para navegador, ele espera uma rápida e significativa evolução no futuro.

“Desenvolvedores independentes de jogos que acolherem essa tecnologia vão começar a desenvolver jogos que passam de primitivos (são quase mecanismos DeFi em vez de jogos) para videogames completos”, disse Quigley.

“Agora, é realmente um ‘work-to-earn’ [‘trabalhe para ganhar’], e não muito jogo. Mas chegaremos até o play-to-earn.”

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.