O Diário da Causa Operária, site do Partido da Causa Operária (PCO), afirmou que a tecnologia blockchain é uma ameaça à classe trabalhadora e que pode ocasionar uma “catástrofe mundial” no sistema financeiro e extirpar milhões de empregos nos próximos anos.
Sem fornecer detalhes, o artigo publicado no domingo (01) classifica o cenário enfrentado pelos bancários como “explosivo e insustentável”, com a iminência de privatizações e demissões em massa. A publicação, contudo, não revela acontecimentos que fundamentem tais previsões.
O texto ainda faz prognósticos sobre o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), mas também não fornece evidências. Esta plataforma, por sua vez, seria utilizada pelos banqueiros para extinguir “uma enorme quantidade de postos de trabalho”.
Esta não é a primeira vez que o PCO emite posicionamento contrário ao blockchain. Em maio deste ano, o partido afirmou que as criptomoedas são uma ferramenta utilizada pelos “grandes capitalistas” para gerar lucros e manipular a classe trabalhadora.
PCO e criptomoedas
Na ocasião, o PCO afirmou também que o mercado de moedas digitais é dominado por instituições internacionais provenientes de Londres e Wall Street.
Já na publicação recente, o partido pede que haja reação imediata dos sindicatos para impedir as supostas demissões. Nesse sentido, o site sinaliza que a pandemia provocada pelo coronavírus teria contribuído para tornar a atual conjectura ainda menos favorável, já que impossibilitou a realização de encontros presenciais para discutir mobilizações.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PCO possui uma das menores bases de apoiadores do Brasil, com cerca de 4 mil filiados. O partido chegou a concorrer à presidência em 2014 com o candidato Rui Costa Pimenta, um de seus fundadores, e obteve 0,01% dos votos válidos.