Bitcoin desaba para US$ 105 mil após Trump impor tarifas de 100% sobre China

Investidores foram pegos desprevenidos e US$ 9,5 bilhões foram liquidados do mercado cripto nas últimas 24 horas

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Imagem criada por Decrypt com uso de IA

Se na segunda-feira o Bitcoin estava em alta, atingindo um novo recorde acima de US$ 126 mil, o cenário é completamente diferente neste final de sexta-feira (10).

A criptomoeda líder do mercado entrou em queda livre por volta das 18h30 e atingiu uma mínima diária de US$ 105.896, segundo dados do CoinGecko. Em algumas corretoras, como a Binance, cotações ainda menores foram vistas, com o Bitcoin sendo negociado em certo momento a US$ 101,5 mil. O aumento na atividade foi tão intenso que a corretora relatou travamentos na plataforma.

No momento da redação, o Bitcoin reduz a queda e estabelece seu preço em cerca de US$ 112.793, enfrentando perdas de 7% nas últimas 24 horas. Em reais, o ativo é negociado a R$ 631.184, segundo dados do Portal do Bitcoin.

As quedas se espalham por todo mercado cripto, com as principais altcoins do mercado caindo ainda mais que o Bitcoin, como Ethereum (-10,8%), Solana (-14%) e XRP (-17%).

Investidores foram pegos desprevenidos e, como resultado, o mercado cripto enfrentou a maior liquidação já registrada na história, de US$ 9,5 bilhões, segundo dados da CoinGlass. Deste total, US$ 8 bilhões representa posições longas, que apostavam na alta das criptomoedas.

O que causou a queda?

A queda brusca aconteceu após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que o país vai impor taxas de 100% sobre produtos chineses, além das taxas existentes de 30%, e implementar controles de exportação sobre todos os softwares essenciais a partir de 1º de novembro.

Trump já havia sinalizado a intenção de impor novas tarifas mais cedo, mas concretizou o plano após a China anunciar novos controles de exportação, que podem provocar grandes impactos no abastecimento mundial de terras raras.

Na sua rede social Truth Social, Trump classificou a medida da China como “extraordinariamente agressiva” e “obviamente um plano elaborado há muitos anos”.

“É impossível acreditar que a China teria tomado uma atitude dessas, mas eles tomaram — e o resto é história. Obrigado pela atenção a este assunto!”, finalizou Trump.

A reação do mercado foi tão intensa porque a ação de Trump reacende a guerra comercial entre as duas maiores potências do mundo, que vinha se arrastando há meses, mas que havia se amenizado recentemente.

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