A maior liquidação da história do mercado de criptomoedas, de US$ 19,3 bilhões, ocorreu na noite de sexta-feira (10) e provocou um aumento explosivo de negociações, o que levou ao travamento de várias exchanges.
A maior delas, a Binance, foi uma das mais afetadas. Às 18h54 (horário de Brasília) de ontem, a corretora publicou no X (antigo Twitter) que, devido ao alto volume de negociações, “nossos sistemas estão sob alta carga”.
“Alguns usuários podem enfrentar atrasos intermitentes ou problemas de exibição. Estamos monitorando ativamente a situação e trabalhando para resolvê-la. Os fundos estão SAFU. Agradecemos a sua paciência!”, escreveu a empresa.
Cerca de duas horas depois, a Binance informou que os problemas haviam sido solucionados e que continuava “monitorando a situação para garantir que todas as operações funcionem normalmente”.
Outro contratempo grave envolveu a perda de paridade de tokens como USDE, BNSOL e WBETH na Binance.
“Esse evento resultou em liquidações forçadas que afetaram as posições de alguns usuários”, admitiu a corretora. “Nossa equipe está conduzindo uma análise completa dos casos afetados, dos detalhes das liquidações e das medidas de compensação apropriadas.”
Diante dos problemas, a cofundadora da Binance, Yi He, pediu desculpas à comunidade no X e afirmou que usuários que sofreram perdas por falhas na corretora poderão solicitar indenização.
“Devido às flutuações significativas do mercado nas últimas 16 horas e ao grande fluxo de usuários, alguns enfrentaram dificuldades em suas transações. Peço desculpas pelo ocorrido. Se você sofreu perdas atribuídas à Binance, entre em contato com nosso serviço de atendimento ao cliente para registrar seu caso”, escreveu.
Alguns participantes do mercado levantaram suspeitas sobre as paralisações nas corretoras que registraram os maiores volumes de liquidação.
“Os reguladores deveriam investigar as plataformas que tiveram mais liquidações nas últimas 24 horas e realizar uma revisão completa sobre a integridade de suas práticas”, escreveu no X o CEO da Crypto.com, Kris Marszalek.
“Alguma delas reduziu a velocidade das operações até parar completamente, impedindo os usuários de negociar? Todas as negociações foram precificadas corretamente e de acordo com os índices? Como estão estruturados os sistemas de monitoramento e os programas de prevenção à lavagem de dinheiro (AML)? Foram US$ 20 bilhões em liquidações — muitos usuários foram prejudicados.”
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