Erramos: A reportagem citou indevidamente os empresários da empresa Itech de Curitiba. Esta empresa tem o mesmo nome da Itech fundada pelo dono da BWA, mas os sócios não têm nenhuma relação. O texto foi corrigido.
A Justiça, à pedido do Banco do Brasil, mandou penhorar bens do empresário dono da BWA, Paulo Bilibio, por conta da execução de nº 0004180-27.2006.8.26.0462 no valor de R$ 295.113,09 contra uma outra empresa. O resultado, contudo, foi em vão e o processo teve de ser suspenso por falta de bens passíveis de penhora.
De acordo com os autos, o Banco do Brasil vinha, desde ano 2018, tentando encontrar bens tanto da empresa Itech Tecnologia da Informação Ltda bem como os seus sócios — à época da execução — Paulo Roberto Ramos Bilibio e Jacqueline Ferreira da Silva, mas todas as tentativas foram frustradas.
A ação foi movida em 2006 e se pauta na execução de um título extrajudicial. Não se tem a informação sobre qual é esse título que o Banco do Brasil está cobrando na Justiça. O que se sabe é que na época em que a execução foi promovida, a empresa de Paulo Bilibio devia à instituição bancária mais de R$ 200 mil.
Da Itech à BWA
O mesmo ocorreu com a BWA Brasil. Paulo Bilibio havia assumido ser dono da empresa num depoimento à Polícia Civil para ajudar a esclarecer o caso do seu sequestro que ocorreu em Santos. Contudo, no quadro societário atual não consta mais seu nome.
A empresa BWA Brasil tem como sócios Jéssica da Silva Farias, Marcos Aranha e Roberto Willens Ribeiro.
Antes de vir à tona a história do sequestro, a BWA Brasil era uma empresa pouco divulgada no mercado cripto. Ela vinha atuando desde 2017 com investimentos em criptomoedas e era direcionada para um seleto grupo de clientes convidados, mas quase não se ouvia falar nela.
Apesar de o sequestro do dono da BWA e ex-sócio da Itech Tecnologia da Informação Ltda ter ocorrido no ano passado, as investigações começaram no segundo semestre de 2019. Bilibio em depoimento à Polícia disse que havia sido extorquido por policiais à mando de um outro empresário.
Dívida, sequestro e extorsão
Tudo teria ocorrido por conta de uma dívida. Guilherme Aere dos Santos, suposto mandante do crime, teria comprado Bitcoins por meio da empresa de arbitragem BWA, mas teve suas criptomoedas retidas numa das empresas do Grupo Bitcoin Banco (GBB).
Em novembro de 2018, Santos investiu R$ 3 milhões em criptomoedas. A transação teria ocorrido com o uso da tecnologia de arbitragem da BWA por meio de uma empresa chamada Calegari.
Em depoimento, Santos disse que havia procurado Bilibio por esse ter afirmado que resolveria o problema do GBB. O suposto sequestrador ainda afirmou que Bilibio era o verdadeiro dono do Bitcoin Banco.
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