Banco de criptomoedas Galaxy Digital fecha 3º trimestre com prejuízo de R$ 300 milhões

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Foto: Shutterstock

O banco comercial de criptomoedas Galaxy Digital LP anunciou um prejuízo de US$ 76,65 milhões (R$ 300 milhões) no terceiro trimestre deste ano, segundo relatório publicado pela instituição nesta terça-feira (27).

A instituição tem como fundador e proprietário o bilionário americano Mike Novogratz, exímio entusiasta da criptoeconomia.

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Estes números são responsáveis por mais de um terço de sua perda acumulada nos últimos nove meses, que é de US$ 175,68 milhões, considerando um período que se encerrou em 30 de setembro.

A perda líquida de ativos digitais, conforme mostram os registros, somam quase US$ 38 milhões no período, um dos principais fatores que contribuíram para a perda líquida global.

Outro fator, foram despesas com custos operacionais que somaram quase US$ 30 milhões. Como resultado, as ações da empresa listadas na Bolsa de Valores de Toronto caíram mais de 10%, conforme análise da Coindesk.

No entanto, em relação a 2017, quando a empresa detinha cerca de US$ 54 milhões em ativos totais, hoje acumula US$ 418,5 milhões, sendo US$ 123 milhões somente com criptomoedas.

A empresa disse que realiza vários métodos de negociação, incluindo arbitragem, bem como outras estratégias de trading.

Recentemente, Novogratz, que já trabalhou no Goldman Sachs, disse que este ano tem sido difícil para a empresa.

“É uma droga construir um negócio em um mercado em queda”, disse ele a uma reportagem do Financial Times.

Ele prevê que no próximo ano as instituições financeiras não vão ficar somente nos investimentos em fundos de criptomoedas. O empresário acredita que elas vão partir para investimentos em suas próprias criptomoedas.

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“Você vai ver isso no próximo ano. É quando os preços voltarão a se movimentar”, disse o bilionário.

Empresa tentou esconder números

Em agosto deste ano, prestes a ter produtos listados em uma bolsa regulamentada, o Galaxy Digital teve que divulgar o balanço financeiro do primeiro trimestre deste ano.

Porém, se não fosse obrigatório, Novogratz disse que não o teria tornado público.

É que, juridicamente, tornar o balanço público faz parte dos trâmites nas questões regulatórias. E a Galaxy Digital adquiriu a ‘First Coin Capital Corp.’, que se fundiu com a ‘Bradmer Pharmaceuticals Inc.’

Devido a isto, era necessário que os números da empresa viessem a público, uma conduta obrigatória para qualquer empresa que deseja ser listada em uma bolsa regulamentada.

O problema, no entanto, não era o anúncio da receita, mas sim seus números. A empresa havia fechado o primeiro trimestre com US$ 134 milhões negativos.

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Grande parte desse prejuízo foi devido ao forte declínio do mercado de criptomoedas, onde o banco fez um número significativo de investimentos.

Na ocasião, Novogratz disse que se dependesse dele, manteria o balanço do banco em segredo por mais um tempo.

“Se eu soubesse o que sei agora diria que manteria segredo [das perdas] para evitar que o mercado e a comunidade se assustassem. Então eu ficaria quietinho por mais um ano e depois tornaria o fato público. Eu não acho que seria um erro”, disse o investidor na ocasião.


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