O Banco Central disse que o Brasil é um importador de bitcoin e criptomoedas e que isso vem prejudicando as contas externas ao contribuir “para reduzir o superávit comercial na conta de bens do balanço de pagamentos”.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (26), o Bacen também afirmou que a partir de agora, seguindo a recomendação do Fundo Monetário Internacional, as estatísticas de exportação e importação de bens passam a incluir as compras e vendas de criptoativos.
“Por serem digitais, os criptoativos não tem registro aduaneiro, mas as compras e vendas por residentes no Brasil implicam a celebração de contratos de câmbio”, afirmou o órgão. “A atividade de mineração de criptomoedas, portanto, passa a ser tratada como um processo produtivo.”
O texto versa sobre o aumento do déficit de julho de 2019, que chegou a US$ 9 bilhões, em comparação com déficit de US$ 4,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Ou seja: “houve redução no saldo positivo da balança comercial de bens, de US$3,5 bilhões para US$1,6 bilhão”.
Em julho, o presidente do Banco Central do Brasil (Bacen), Roberto Campo Neto, falou do Bitcoin e das criptomoedas ao apresentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Brevemente, Campos analisou a diferença entre criptomoedas e ativos digitais (token assets). “O token asset é ativo com um lastro e você emite uma forma digital dele. Inclusive o mundo está migrando muito para isso”.
Para o presidente, os surgimento de novas tecnologias e novos mercados “nesse sentido, até ajuda os bancos centrais a se aprimorarem”. Ele explicou:
“O que eu acho importante é que os bancos centrais têm que tomar a frente, tem que tomar a iniciativa de criar um processo mais moderno e mais digital”.
Para ele, se os bancos centrais não oferecerem uma solução muito boa, muito rápida e muito digital, outras soluções virão.
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