Apple lança atualização de emergência para iPhone e iPad após alerta de ameaça cibernética

Empresa lançou o iOS 16.6.1 após relatos de aparelhos infectados com o Pegasus, um spyware que pode assumir o controle do sistema
Pessoa segura um smartphone à frente de um logo da Apple grande e colorido

Foto: Shutterstock

A Apple liberou no final da semana passada uma atualização de emergência para os sistemas operacionais dos aparelhos iPhone e iPad após relatos de que os os dispositivos estavam vulneráveis a ataques cibernéticos.

Recentemente o Citizen Lab, braço da Universidade de Toronto, informou a descoberta do Pegasus – um spyware criado pela empresa baseada em Israel NSO Group – em iPhones e iPads.

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O Pegasus é um spyware que infecta dispositivos para realizar espionagem, como copiar mensagens, registrar histórico de localização geográfica, gravar chamadas, ativar microfones e câmeras, entre outros.

No alerta recente, o Citizen Lab informou que os hackers conseguiam instalar o vírus usando o iMessage, aplicativo de mensagens dos dispositivos da Apple, permitindo que o spyware assumisse o controle das funções do dispositivo “sem qualquer interação com a vítima”.

Com isso, a Apple corrigiu o problema lançando o iOS 16.6.1, uma atualização emergencial do seu software. A atualização está disponível para iPhones a partir do modelo 8, enquanto nos tablets está disponível para iPad Pro, iPad Air a partir da 3ª geração, e modelos iPad e iPad mini a partir da 5ª geração.

Segundo a empresa, uma das correções feitas foi no “ImageIO”, que faz parte do sistema operacional. A Apple explicou que a atualização impede “o processamento de uma imagem criada com códigos maliciosos que pode levar à execução arbitrária de código” e disse que “está ciente de um relatório de que este problema pode ter sido explorado ativamente”, apesar de não citar o Pegasus.

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Há anos que o spyware é investigado em diferentes países por alegações de que o grupo NSO foi usado para infectar líderes mundiais e jornalistas, além de um ataque ao WhatsApp. Atualmente o grupo está na lista negra do governo americano.