Animoca Brands planeja entrar na Nasdaq via fusão reversa

Novo conglomerado dará aos investidores acesso direto ao potencial trilionário da economia de altcoins, afirma presidente da Animoca Brands

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Foto: Wikimedia Commons

A Animoca Brands, uma das maiores investidoras do ecossistema Web3 e blockchain, anunciou planos para abrir capital na Nasdaq por meio de uma fusão reversa com a fintech Cingapura Currenc Group (Nasdaq: CURR). O acordo, se concluído, deve resultar no primeiro conglomerado global de ativos digitais listado em uma bolsa tradicional dos Estados Unidos.

A fusão reversa — quando uma empresa privada adquire uma companhia já listada, usando-a como veículo para acessar o mercado de capitais — é uma alternativa cada vez mais comum entre companhias de tecnologia que buscam acesso rápido à bolsa sem passar por um processo de IPO completo.

Pelo termo de entendimento assinado entre as partes, a Currenc deve adquirir 100% das ações da Animoca Brands. Após a conclusão do negócio, prevista para 2026, os acionistas da Animoca deterão cerca de 95% da nova companhia, e os da Currenc, 5%. A entidade combinada manterá o nome Animoca Brands e continuará listada na Nasdaq.

A Currenc, que hoje oferece soluções de inteligência artificial para instituições financeiras e plataformas de remessas digitais, planeja desmembrar esses negócios antes do fechamento da transação.

“A fusão proposta representa um marco para a Currenc e cria uma via promissora para a evolução de ambas as companhias”, afirmou Alex Kong, fundador e CEO da fintech.

“A nova Animoca será o primeiro conglomerado diversificado de ativos digitais listado publicamente, dando aos investidores acesso direto ao potencial trilionário da economia de altcoins”, completou Yat Siu, cofundador e presidente executivo da Animoca Brands.

De investidora a conglomerado global

A Animoca Brands, com sede em Hong Kong, é conhecida por investir em mais de 600 empresas e protocolos ligados a Web3, tokenização e finanças descentralizadas (DeFi). Seu portfólio inclui participações em Ledger, Kraken, Consensys, LayerZero, Humanity Protocol, entre outras, além de ativos digitais como BTC, ETH, SOL, SAND, MOCA e EDU.

A empresa também desenvolve projetos próprios, como o The Sandbox e o Open Campus, e atua em iniciativas institucionais, incluindo o lançamento de uma stablecoin regulada e o desenvolvimento da NUVA, plataforma voltada à tokenização de ativos do mundo real (RWAs).

Nos últimos anos, a Animoca vem se posicionando além do mercado de jogos e NFTs, apostando em ativos digitais com utilidade econômica real — uma tendência crescente no “pós-inverno cripto”.

“Essa fusão pode se tornar um modelo para outras empresas do ecossistema que buscam se aproximar dos mercados de capitais sem enfrentar o escrutínio de um IPO convencional”, avalia um gestor de venture capital ouvido pelo site.

O acordo ainda depende de auditorias, aprovações regulatórias e de acionistas. As companhias definiram um período de exclusividade de três meses para negociar os termos definitivos. Caso avance, a fusão será implementada por meio de um esquema de arranjo australiano.

Se concluída, a transação poderá marcar a entrada definitiva da Animoca Brands no mercado norte-americano, com planos de abrir um escritório em Nova York para coordenar as operações e o relacionamento com investidores.

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